Segundo adiantou a mesma fonte, as duas agressoras foram já presentes a um juiz de instrução criminal, que lhes aplicou medidas de coação não privativas da liberdade, designadamente apresentações mensais na esquadra da residência, proibição de contactos com a vítima e proibição de frequentar o Hospital de São Francisco Xavier, com exceção de necessidade de algum ato médico.
Dados recolhidos pela PSP indicam que as agressoras têm 38 e 18 anos de idade.
Em 27 de setembro, o Sindicato Independente dos Médicos (SIM) denunciou a agressão a uma médica na urgência do Hospital de São Francisco Xavier.
A obstetra, que cumpria uma prestação de serviços na urgência do hospital, foi agredida e ficou de baixa no dia seguinte por não estar em condições de ir trabalhar, conforme referiu o SIM, que se solidarizou com a médica e a quem disponibilizou apoio jurídico.
Em março, a PSP anunciou que registou 961 situações de violência em hospitais e centros de saúde em 2021, mais 16% do que em 2020.
A PSP indicou também que cerca de 65% da violência registada é praticada por utentes, 21% pelos familiares ou acompanhantes dos doentes, 13% por profissionais de saúde e 1% por visitantes ou outras pessoas.
A comarca de Lisboa registou 23 inquéritos crimes contra profissionais de saúde em 2021, um crime que o Mistério Público tinha alertado em 2020 para a tendência acentuada de aumento.
Os profissionais da saúde que notificam mais casos de violência são os enfermeiros e os médicos e a maioria das situações são de violência verbal e física.
LUSA/HN
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