Hospitais de Coimbra garantem funcionamento do Serviço de Medicina Nuclear

8 de Outubro 2022

O Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) garantiu esta sexta-feira que o Serviço de Medicina Nuclear está a funcionar em condições, depois de o Sindicato Independente dos Médicos ter denunciado uma degradação nas condições assistenciais.

O Serviço de Medicina Nuclear admitiu uma redução de médicos na unidade, mas salientou que o número de exames aumentou com a entrada em funcionamento de um novo equipamento.

“O número de exames agendados por dia aumentou cerca de 12% face à capacidade de agendamento com o equipamento anterior, graças ao esforço adicional efetuado pela equipa, nomeadamente dos médicos, para tentar responder à pressão crescente sobre a produção”, refere um comunicado enviado à agência Lusa.

Na tarde de ontem, a delegação Centro do Sindicato Independente dos Médicos (SIM) manifestou a “maior preocupação” pela degradação das condições assistenciais no Serviço de Medicina Nuclear do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC).

“Infelizmente, e, apesar do investimento na melhoria das condições técnicas do serviço, com a aquisição recente de um novo aparelho de Tomografia de Emissão de Positrões (PET), tem sido cada vez mais difícil ao serviço a realização deste exame e elaboração do respetivo relatório”, revelou a estrutura sindical.

Segundo o SIM/Centro, atualmente, o tempo de espera para a realização do exame “chega a demorar mais de um mês, frequentemente com necessidade de mais duas semanas para obtenção do relatório”, quando, “num passado não muito longínquo, era possível requisitar uma PET e obter o relatório em menos de uma semana”.

Na resposta, o Serviço de Medicina Nuclear do CHUC garantiu que, atualmente, “o tempo máximo de agendamento de exames PET é semelhante ao que tínhamos quando estava em funcionamento o equipamento anterior (oscilando em torno das 4/5 semanas).

“Cerca de um mês após a entrada em pleno funcionamento do novo equipamento, esse tempo passou praticamente para zero, quer para agendamento de exames quer para a elaboração do respetivo relatório”, salientou.

No entanto, refere o comunicado, “mais recentemente, esse tempo voltou a dilatar, não só devido à saída de um médico especialista, mas também devido ao claro aumento da procura por estes exames e ao aumento da procura por outras técnicas de Medicina Nuclear, que obrigam a grande consumo de horas de trabalho médico”.

“Em picos de procura o agendamento atingiu o limiar oficialmente estabelecido (30 dias seguidos contados da indicação clínica)”, lê-se na nota, salientando que “é uma questão clínica que se procura dar resposta com a triagem dos exames no agendamento, havendo a preocupação constante de sinalizar, de entre todos os casos, os efetivamente mais urgentes”.

O conselho de administração do CHUC “criou condições para a realização de produção adicional na área da PET-CT, que já está a decorrer”.

“Nestas condições, os médicos desta área trabalham para além do seu horário de trabalho para produzir os relatórios dos exames”, sublinhou o Serviço de Medicina Nuclear.

LUSA/HN

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