PS/Madeira quer auditoria do Tribunal de Contas à situação “caótica” das listas de espera na saúde

25 de Outubro 2022

O PS/Madeira anunciou esta terça-feira, no parlamento regional, que vai pedir ao Tribunal de Contas (TdC) “uma auditoria às listas de espera na saúde” no arquipélago, considerando que o número cresceu “exponencialmente”.

O anúncio foi feito pelo líder dos socialistas madeirenses numa intervenção política no plenário da Assembleia Legislativa da Madeira, no Funchal.

Sérgio Gonçalves sustentou que há “uma necessidade urgente de controlar as listas cirúrgicas” na Madeira.

“O Governo Regional PSD/CDS não só não cumpriu o que prometeu, como deixou que o problema se tivesse agravado, ano após anos, e chegado a um estado caótico”, alertou.

O deputado enunciou que, em 2015, as listas de espera na Madeira tinham 63.635 utentes para atos médicos, número que já ascendia a mais de 108 mil em 2019 e era superior a 118 mil em 2021.

Sérgio Gonçalves também apontou que, contrariando o que foi anunciado pelo Governo Regional (PSD/CDS-PP), há um acréscimo de “10 mil atos médicos em lista de espera depois do período pandémico”.

“O problema cresceu exponencialmente”, vincou.

Com a auditoria, o PS pretende, entre outros aspetos, garantir uma atualização sistemática da distribuição dos utentes e apurar as deficiências nesta matéria.

“É tempo de pôr o Governo Regional em espera”, disse.

Também numa intervenção no período de antes da ordem do dia, o deputado único do PCP na assembleia sustentou que a proposta de Orçamento do Estado para 2023 (OE2023), que começa hoje a ser discutida na generalidade na Assembleia da República, “potencia o empobrecimento” e evidencia “desprezo” pela Madeira e por matérias fundamentais para esta região.

Entre outros aspetos, indicou Ricardo Lume, “as transferências da Lei de Finanças Regionais ficam aquém da inflação”.

O comunista considerou “preocupante” que o OE2023 não contemple “uma única linha sobre o subsídio social de mobilidade, a ligação marítima ferry e a recuperação das esquadras da Polícia de Segurança Pública”.

LUSA/HN

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