O assistente médico digital da Dioscope é um sistema de apoio à decisão clínica, adaptado à realidade de cada unidade do SNS, com o objetivo de melhorar a eficácia dos serviços hospitalares, prevenir o erro médico e melhorar a articulação entre os centros de saúde e os hospitais. O sistema é um chatbot criado pelos médicos de cada instituição, que integra ainda um centro de ensino digital.
O assistente médico digital promete, desta forma, diminuir a sobrecarga dos profissionais de saúde na linha da frente e assinalar um progresso na segurança e atendimento aos doentes.
Neste momento, o sistema já está a funcionar no Hospital de São João, onde registou mais de 2.500 chamadas ao chatbot nos primeiros meses de implementação.
“A Dioscope foi desenvolvida por centenas de médicos em todo o país e são eles a nossa grande força motriz. Vermos o trabalho destes colegas – que, mesmo em contexto pós-pandémico, quiseram liderar o processo de digitalização em saúde – enche-nos de orgulho. E mostra que o SNS está vivo e com capacidade de inovar e de fazer mais pelos nossos doentes”, disse Tomás Pessoa e Costa, médico interno de Dermatologia do Hospital dos Capuchos e fundador da Dioscope.
No ano passado, Francisco Goiana da Silva – inspirado pelo que vira no seu doutoramento no Imperial College de Londres – voltou para Portugal e juntou-se à startup para liderar a estratégia de implementação no SNS. “Queremos democratizar o acesso à boa decisão médica. Na Dioscope, cada equipa clínica, mesmo sem conhecimentos de informática, pode criar o seu próprio sistema de decisão, adaptado à realidade de cada hospital ou centro de saúde. E em breve, graças ao fantástico trabalho dos hospitais portugueses, vamos ter um SNS pioneiro na inovação em saúde.”
A plataforma foi criada em 2018 pelo médico Tomás Pessoa e Costa, inicialmente dedicada à formação médica digital. Em 2021, como consequência do sistema de saúde sobrecarregado pela pandemia, a startup decidiu dar um passo em frente e criar o “médico virtual”.
A Dioscope já tinha sido notícia no ano passado, quando foi reconhecida como um dos projetos europeus do ano em oncologia, pela Novartis & Scanbalt.
LUSA/HN
0 Comments