“Embora o Sindicato Nacional dos Técnicos Superiores de Saúde das Áreas de Diagnósticos e Terapêutica (STSS) considere este agendamento tardio, quer acreditar na vontade da tutela de avançar de forma efetiva com o processo negocial”, adiantou a estrutura representativa dos TSDT em comunicado.
O sindicato anunciou que, tendo em conta o contacto do Governo realizado ontem a agendar a reunião, foi cancelada a vigília marcada para segunda-feira em frente ao Ministério da Saúde.
Numa “clara manifestação de boa-fé negocial, como sempre tivemos, vamos desmobilizar a ação prevista para a próxima segunda-feira”, referiu o presidente do STSS, citado no comunicado.
Luís Dupont disse acreditar que o ministério de Manuel Pizarro vai “analisar as reivindicações” dos TSDT e iniciar o processo negocial para que estes “profissionais deixem de sofrer as injustiças e desigualdades”, mas alertou que, caso isso não aconteça, o sindicato vai prosseguir com as ações de luta que tem realizado.
O sindicato tem promovido, nas últimas semanas, concentrações à porta de vários hospitais, estando prevista para o final de novembro uma greve às horas extraordinárias.
Entre outras matérias, o STSS reivindica a regularização urgente da carreira dos TSDT, a aplicação do sistema de avaliação de desempenho com a atribuição de 1,5 pontos por ano, a revisão das tabelas salariais, o reforço do número de TSDT nos quadros do Serviço Nacional de Saúde e aumentos salariais e de todos os suplementos remuneratórios imediatos, com a recuperação do poder de compra perdido em 2022 e nos anos anteriores.
No final de outubro, numa audição na Comissão de Saúde da Assembleia da República, Luís Dupont alertou que a “paciência destes trabalhadores” estava a esgotar-se, perante o “silêncio” do Governo aos pedidos de retoma das negociações.
“A aparente paciência destes trabalhadores está a esgotar-se e a paz social pode, no seio dos técnicos superiores de diagnóstico e terapêutica, ser difícil de manter”, salientou na altura o dirigente sindical.
LUSA/HN
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