A reivindicação do autarca alentejano surge numa carta enviada, na passada semana, ao ministro da Saúde, Manuel Pizarro, e ao diretor executivo do Serviço Nacional de Saúde (SNS), Fernando Araújo, após a urgência obstétrica e sala de partos do hospital de Beja terem encerrado no Natal e no Ano Novo, durante 24 e 48 horas, respetivamente.
“A situação de Beja tem de ser vista com muito particular atenção face a outras, devido ao imenso território que abrange e que fica sem cobertura durante estes largos períodos”, frisou esta sexta-feira Paulo Arsénio (PS), em declarações à agência Lusa.
Nesse sentido, continuou, na missiva foi pedida “uma atenção muito particular” para o hospital da cidade, para que, por ocasião de férias ou feriados, se procurem soluções “antecipadamente”.
“Ou a transferência de médicos de outros pontos do país para Beja de forma temporária ou até o recurso à contratação de estrangeiros”, para “que estas interrupções de 24 horas ou 48 horas, que têm acontecido com regularidade, não voltem a verificar-se”, sugeriu.
Nas declarações à Lusa, Paulo Arsénio argumentou ainda que, apesar de saber que a “situação no SNS não é fácil”, “não pode acontecer não haver nenhuma maternidade em funcionamento entre Évora e Faro”, como aconteceu no Ano Novo.
Entretanto, as 13 unidades existentes na zona do Grande Porto “ficaram todas em pleno funcionamento” no mesmo período, criticou.
Por isso, Paulo Arsénio defendeu que o Ministério da Saúde e a direção executiva do SNS devem “precaver com particular atenção a situação de Beja, que é a maior faixa de território continental e fica sem cobertura sempre que a maternidade do Hospital José Joaquim Fernandes encerra”.
“Foi essa a nossa chamada de atenção, porque Beja merece uma atenção muito, muito particular, pois abrange uma faixa de território imensa que fica desprotegida vastas vezes e durante períodos muitas vezes superiores a 24 horas”, concluiu.
LUSA/HN
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