Trata-se de um projeto conjunto dos ministérios da Saúde e do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social que será aplicado de forma faseada e progressiva, numa primeira fase, nos lares de idosos e nas unidades da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI) que pertençam às áreas de influência de Unidades Locais de Saúde, prevendo-se o alargamento às restantes respostas sociais numa fase posterior, adianta o Governo em comunicado.
Em declarações à agência Lusa, a secretária de Estado da Inclusão, Ana Sofia Antunes, explicou que o objetivo deste projeto é “evitar que as pessoas tenham desnecessariamente de se deslocar aos centros de saúde ou mesmo aos hospitais por razões mais administrativas” como pedir uma receita, uma prescrição de um exame ou para tratar alguma questão administrativa.
Nas zonas onde o centro de saúde está mais distante, disse, “muitas vezes há deslocações desnecessárias, seja de colaboradores do lar para a obtenção da medicação, de receituário, de prescrições, seja muitas vezes do próprio utente quando, as situações são mais simples”, adiantou.
Com esta funcionalidade, a avaliação do médico pode ser feita através de uma consulta ‘online’, evitando “uma deslocação que é incómoda e difícil para a pessoa muitas vezes em situação de dependência”.
Ao mesmo tempo, o contacto feito a partir do local em que a pessoa idosa vive minimiza o risco acrescido de infeção hospitalar num contexto de fragilidade, contribuindo ainda para promover o uso adequado dos serviços de urgência.
Perante estas vantagens, os ministérios entenderam estender o Balcão SNS 24 às Estruturas Residenciais para Idosos, aos Lares Residenciais para Pessoas com Deficiência e às Unidades da RNCCI, assegurando “uma resposta de proximidade e qualidade e ultrapassar algumas barreiras existentes nestas faixas etárias no acesso às tecnologias”.
Ana Sofia Antunes adiantou que o objetivo é abranger todas as estruturas residenciais para pessoas idosas, que são cerca de 3.000 no país, os lares de residência para pessoas com deficiência (cerca de 300) e todas as unidades de cuidados continuados integrados (cerca de 700).
“A ideia é chegarmos a todos. Agora, a adesão é voluntária”, vincou a governante.
Segundo Ana Sofia Antunes, a expectativa do Ministério da Saúde é de conseguir ter estes computadores e este ‘software’ instalado genericamente até ao final do primeiro trimestre do ano.
A abertura do primeiro Balcão SNS 24 em estruturas sociais decorreu no Centro Social Integrado da Santa Casa da Misericórdia de Arcos de Valdevez, numa cerimónia que contou com as presenças da Secretária de Estado da Inclusão e do Secretário de Estado da Saúde, Ricardo Mestre.
Na cerimónia, foi assinado o protocolo de colaboração com as entidades do setor social e solidário envolvidas neste projeto: União das Misericórdias Portuguesas, Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade, União das Mutualidades Portuguesas e Confederação Cooperativa Portuguesa.
O Balcão SNS 24 é um espaço gerido por entidades parceiras do SNS para ajudar os cidadãos no acesso dos serviços digitais e de telessaúde entre o Cidadão e os profissionais de saúde do SNS, através de criação de uma Rede Nacional de estruturas locais já existentes de confiança e proximidade.
No total, estão já em funcionamento 322 Balcões SNS24.
LUSA/HN
0 Comments