“Em parceria com empresas da região, os investigadores e estudantes envolvidos no projeto ‘RedFruit4Healt’, financiado em 312 mil euros pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), irão desenvolver um produto com benefícios medicinais que possa ser comercializado com recurso a produtos endógenos da Beira Interior”, referiu o IPG, em comunicado enviado à agência Lusa.
Segundo Luís da Silva, investigador no IPG e coordenador do projeto, a cereja e o mirtilo “são conhecidos por serem uma grande fonte de nutrientes e pelos vários benefícios que apresentam para a saúde, desde as propriedades anti-inflamatórias até à prevenção da diabetes”.
“Na conceção da bebida que temos em vista, vamos realizar ensaios clínicos para garantir que o produto que vier a ser produzido mantém as propriedades originais das frutas vermelhas utilizadas”, disse.
O projeto “RedFruit4Healt” também prevê a criação de menus saudáveis inspirados na dieta mediterrânica para serem acompanhados pela nova bebida.
Os menus, que também incluirão produtos endógenos da região, serão depois integrados nos setores de restauração local e em cantinas escolares.
“Sendo a desnutrição um dos maiores desafios da atualidade, queremos contribuir para um equilíbrio entre a saúde, a nutrição e o que de melhor a nossa região tem para oferecer”, afirmou Luís da Silva.
A equipa de investigação do IPG está a trabalhar em parceria com as produtoras agrícolas Cerfundão e Beira Berry, e com a 7.cbafruit, empresa que produz e distribui sumos de fruta.
O projeto tem ainda como parceiros a Associação de Desenvolvimento Rural da Serra da Estrela, a Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal, o Polo de Inovação da Covilhã, a INOVA+, a Associação de Agricultores para Produção Integrada de Frutos de Montanha, o laboratório Egianálise, o grupo hoteleiro Esquila Real e os restaurantes Tertulimbatível e Nevão de Estrelas.
“Este projeto mostra bem como a política que o Politécnico da Guarda adotou de contratar recursos humanos altamente qualificados para investigarem e produzirem conhecimento, ciência e inovação em parceria com o tecido empresarial da região, está a produzir bons resultados”, afirmou Joaquim Brigas, presidente do IPG.
Neste caso, as condições edafológicas da Guarda, a conjugação dos seus solos com o seu clima, “estão a ser colocadas ao serviço, quer da economia da região, quer da aprendizagem e da produção de conhecimento por parte dos alunos”, reconheceu.
“Liderar este projeto ‘RedFruit4Healt’ fortalece o compromisso do Politécnico da Guarda em colocar a inovação e a investigação ao serviço da economia e do tecido social local e nacional”, disse Joaquim Brigas.
O “RedFruit4Healt” foi apresentado na semana passada, na Quinta de Ciência Viva para Agricultura Biológica, em Idanha-a-Nova, Castelo Branco, na presença do primeiro-ministro, António Costa, da ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva, da ministra da Agricultura e Alimentação, Maria do Céu Antunes, da ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, e do secretário de Estado do Ensino Superior, Pedro Teixeira.
Na cerimónia foram apresentados os seis projetos contratualizados no âmbito da iniciativa “Alimentação Sustentável” da Agenda de Inovação Terra Futura.
LUSA/HN
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