Em declarações à agência Lusa, o autarca de Évora, Carlos Pinto de Sá (CDU), indicou que a solução foi acordada com os ministros da Saúde, Manuel Pizarro, e da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, durante uma visita recente às obras da nova unidade hospitalar.
Os dois governantes “aceitaram as posições da câmara e determinaram que os valores que estavam previstos iam ter financiamento, quer por via dos fundos comunitários, quer por via do Orçamento do Estado”, adiantou.
Pinto de Sá alertava, há vários anos, para a necessidade de serem definidas com o Governo as questões relacionadas com a criação dos acessos e infraestruturas do futuro hospital em Évora, que está em construção na periferia da cidade.
Nas declarações à Lusa, o presidente do município referiu que a autarquia está agora a aguardar “a formalização deste acordo que identifica a origem das verbas” para os acessos e infraestruturas para, depois, lançar os concursos para as obras.
“O valor andará nos sete milhões ou oito milhões de euros para acessibilidades e redes de abastecimento de água e saneamento”, previu, advertindo que os números se podem “alterar com facilidade, devido à volatilidade do mercado”.
Segundo o autarca alentejano, existe ainda “um problema que não está ainda resolvido” e que está relacionado com os terrenos privados que são necessários para os acessos à nova unidade hospitalar.
“É um problema que o Estado tem que resolver, por negociação ou expropriação, mas, naturalmente, não poderemos lançar um concurso sem que este problema dos terrenos esteja resolvido”, avisou.
De acordo com Pinto de Sá, os projetos dos acessos e infraestruturas na câmara encontram-se em fase de conclusão.
“O projeto de acessibilidades tem inserção em duas estradas nacionais. Portanto, estão a ser verificadas as questões dessa inserção e tem que ter o parecer da Autoridade da Mobilidade e dos Transportes”, disse.
Já os projetos relacionados com as redes de abastecimento de água e saneamento, acrescentou, “são mais simples, mas estão a ser articulados com a empresa Águas do Vale do Tejo, que tem o sistema em alta”.
O futuro hospital está a ser construído pela Acciona e vai ocupar uma área de 1,9 hectares, estando previsto que tenha uma capacidade de 351 camas em quartos individuais, que pode ser aumentada, em caso de necessidade, até 487.
Com 30 camas de cuidados intensivos/intermédios e 15 de cuidados paliativos, a nova unidade vai ter, entre outras valências, 11 blocos operatórios, três dos quais para atividade convencional, seis para ambulatório e dois de urgência, cinco postos de pré-operatório e 43 postos de recobro.
A empreitada, que está prevista estar concluída no final deste ano ou início de 2024, envolve um investimento total de cerca de 210 milhões de euros, já que aos cerca de 180 milhões da construção, em que 40 milhões de euros são fundos comunitários, se juntam perto de mais 30 milhões para equipamento de tecnologia de ponta.
LUSA/HN
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