Em comunicado, este ramo acrescenta que o militar, que se encontrava em coma induzido desde o dia 12 de junho, está com uma “evolução clínica favorável”.
Na terça-feira, o Exército anunciou que um militar do 139.º curso dos Comandos do Exército estava em coma induzido no Hospital Santa Maria, após ter sofrido “um golpe de calor” e que tinha sido aberto um processo de averiguações.
Nesse dia, em comunicado, o Exército precisou que o 139.º curso de Comandos teve início no dia 12 de abril e dois meses depois, no dia 12 de junho, “durante a execução da instrução de marcha-corrida, com a distância de 15 quilómetros, com carga de cinco quilos, no quilómetro 14, foi assistido um militar de sexo masculino pela equipa médica militar, tendo sido acionado o INEM” que o transportou para o Hospital Santa Maria, em Lisboa.
Foi diagnosticado um golpe de calor e “pelos riscos inerentes de falência de órgãos” o militar foi admitido nos cuidados intensivos, tendo a situação neurológica aconselhado a ser induzido o coma, lia-se na nota.
De acordo com o Exército, o chefe do Estado-Maior deste ramo, general Mendes Ferrão, determinou a interrupção do curso, “até à conclusão da avaliação clínica de todos os instruendos” e concluída a avaliação clínica, o curso foi retomado e a avaliação de marcha-corrida realizou-se no passado dia 16 de junho, “para a distância de 20 quilómetros e com carga de 10 quilos, não se tendo registado quaisquer alterações fora dos padrões definidos”.
O curso encontra-se na 11.ª semana de um total de 17 e tem 22 instruendos em formação, de um total inicial de 52 formandos.
“Durante as primeiras 10 semanas foram realizadas diferentes provas de marcha-corrida, com distâncias de cinco, dez e 15 quilómetros com cargas de cinco e dez quilos”, lia-se na nota.
No ano passado, o Exército abriu um processo de averiguações ao 138.º curso de Comandos, após seis intervenções em estabelecimento hospitalar, incluindo um militar que necessitou de um transplante hepático.
Na altura foram instaurados processos disciplinares a três militares da equipa de instrução por “eventual violação dos deveres de obediência, zelo e responsabilidade” e criado um grupo de trabalho para rever o curso, que decidiu reforçar o “controlo do estado de saúde” dos militares do curso de Comandos, tanto física como psicológica, e aumentar “a abrangência” de exames médicos, incluindo análises de despiste de substâncias estimulantes ou “narcótico analgésicas”.
As conclusões do processo de averiguações e inspeção técnica ao 138.º curso de Comandos foram na altura enviadas ao Ministério Público.
LUSA/HN
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