A execução caberá à Administração Regional de Saúde do Norte (ARS-Norte), sendo que o investimento surge no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) do Governo.
No total, ao Norte, serão atribuídos mais de 2,1 milhões de euros para a criação de 41 gabinetes nos centros de saúde daquela área de intervenção, como se lê em DR, devendo ser lançados dois procedimentos.
A verba será distribuída entre este ano e 2025.
A 09 de março, a tutela anunciou que iria relançar o Programa Saúde Oral no SNS – 2.0 e “dar-lhe um novo impulso”, recuperando a centralidade dos cuidados de proximidade.
Nessa data foi descrito que caberia a um grupo de peritos analisar o acesso aos cuidados de saúde oral no Serviço Nacional de Saúde (SNS) e que seriam apresentadas propostas até maio tendo em vista a calendarização de um plano para 2023-2025.
A decisão de criar o grupo operacional foi tomada pela Direção Executiva do SNS (DE-SNS).
De acordo com a deliberação da DE-SNS consultada pela Lusa, a “proposta de estratégia” que o grupo operacional teria de apresentar tinha como objetivo aumentar a confiança dos utentes neste nível de cuidados e promover a equidade no acesso, através da criação de consultas de saúde oral em todos os municípios do país, para “garantir ganhos efetivos em saúde”.
Outro dos objetivos é “cativar e fixar médicos dentistas no SNS, através da criação de condições laborais que dignifiquem a profissão”.
O último barómetro da Saúde Oral, divulgado em novembro, revelou que metade dos portugueses nunca vai ao médico dentista, ou vai menos de uma vez por ano, apontando como razão não precisar destes cuidados, mas com quase 30% a dizerem que não vão ao dentista por falta de dinheiro.
Apesar de ainda serem 50,2% os portugueses que dizem não necessitar de cuidados de saúde oral, este valor reduziu 20,1 pontos percentuais face a 2021, segundo a 7.ª edição do barómetro, promovido pela Ordem dos Médicos Dentistas (OMD) e que inquiriu 1.102 pessoas maiores de 15 anos.
A análise apontou ainda para um aumento do número de portugueses que não tem dinheiro para ir dentista (29,5%) em 7,4 pontos percentuais, mostrando “os efeitos da crise atual”.
Já em julho do ano passado, o Governo anunciou a criação de 130 novos gabinetes de medicina dentária nos centros de saúde e a requalificação ou adaptação de 193 instalações nos cuidados primários.
Estes investimentos estão integrados no PRR que prevê 475 milhões de euros para aumentar as respostas nos cuidados de saúde primários.
LUSA/HN
Finalmente uma atitude a louvar. As pessoas que conheço tem muitos problemas de saúde porque não têm dinheiro para ir a um dentista.
A saúde oral é um tratamento indispensável.!