A investigadora principal Maureen Sanderson (Meharry Medical College) explica: “Embora investigações anteriores tenham relacionado a exposição à violência interpessoal com um maior risco de desenvolver diabetes tipo 2, o nosso estudo é o primeiro a confirmar uma associação consistente entre diferentes géneros e raças numa população grande e diversificada. Além disso, conseguimos estabelecer a sequência temporal para vivenciar a violência e o subsequente risco de desenvolver diabetes ao longo do tempo.”
Os dados mostram que o risco é semelhante entre homens e mulheres adultos.
A investigadora Ann Coker (University of Kentucky) observa: “Desta coorte excecionalmente diversificada de mais de 25.000 participantes, vimos que duas formas comuns de violência interpessoal, violência entre parceiros e abuso infantil (36% e 32%, respetivamente, no grupo de estudo), aumentaram o risco de desenvolver diabetes na idade adulta em 20-35%, quando comparados com indivíduos da mesma coorte que não tinham experienciado violência interpessoal”.
Sofrer tanto de abuso na infância como de violência em adulto aumenta o risco de desenvolver diabetes em 35%.
Os investigadores alertam que os profissionais de saúde podem utilizar abordagens seguras, sensíveis e informadas sobre o trauma para perguntar aos utentes sobre as suas experiências atuais e passadas com abuso infantil ou negligência e violência entre parceiros.
A investigadora L. Lauren Brown (Meharry Medical College) frisa que estratégias de prevenção da violência podem reduzir ou prevenir as consequências ao longo da vida do abuso infantil e da violência entre parceiros – “mas apenas se rastrearmos e atrairmos as pessoas para os cuidados”.
AlphaGalileo/HN/RA
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