A investigação, abrangendo 1.038 domicílios, sublinha o papel fundamental dos ocupantes e dos determinantes ambientais na formação do microbioma bacteriano encontrado na poeira interior.
“Este trabalho pioneiro, destinado a redefinir a nossa compreensão dos ambientes interiores, revelou correlações entre a localização geográfica, as condições meteorológicas, as características dos ocupantes, os animais de estimação, as práticas de limpeza e a composição da microbiota interior”, afirma Hesham Amin, investigador da Faculdade de Medicina da Universidade de Bergen.
Os investigadores observaram também que a exposição microbiana diversificada tem sido inversamente associada ao risco de asma e desenvolvimento de atopia, e relacionaram esta informação com a precipitação e o vento.
Como se espera que o aquecimento global intensifique os padrões de precipitação, os investigadores referem que a deposição húmida de partículas exteriores aumentaria e a entrada de bactérias exteriores no interior poderia diminuir. Consequentemente, menos bactérias externas podem contribuir para os microbiomas internos. Esta mudança pode ter consequências indesejadas para o sistema imunitário, comprometendo potencialmente o desenvolvimento e a manutenção da tolerância imunológica.
“Esta investigação inovadora põe em foco a complexa interação entre fatores ambientais, comunidades microbianas e o seu potencial impacto na saúde humana”, afirma Amin.
AlphaGalileo/HN/RA
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