Amadora-Sintra diz que situação de desvio de doentes já está normalizada

6 de Outubro 2023

O Hospital Fernando Fonseca (Amadora-Sintra) esclareceu hoje que teve de fazer um desvio temporário de doentes transportados por ambulância até às 15:00 por incapacidade de internamento, mas que a situação já está normalizada.

O esclarecimento do Amadora-Sintra surge após o diretor do Serviço de Urgência Central do Hospital Santa Maria (Lisboa), João Gouveia, ter afirmado em conferência de imprensa que as urgências do Amadora-Sintra e de Santarém estavam encerradas.

João Gouveia disse hoje que estão a ter “uma dificuldade com o escoamento dos doentes” por causa do encerramento dos serviços de urgência dos outros hospitais, apelando a que apenas recorram à urgência os doentes que necessitam de cuidados urgentes e emergentes referenciados pelo hospitais e pelos Centros de Orientação de Doentes Urgentes do INEM.

João Gouveia adiantou que o facto de haver serviços de urgências a encerrar ao longo da semana na região de Lisboa, sendo neste momento dois, o do Hospital Fernando Fonseca (Amadora-Sintra) e do hospital de Santarém, causa “uma carga muito grande” para o hospital.

Numa resposta escrita enviada à agência Lusa, o Hospital Fernando Fonseca (HFF) confirma que foi concedido pelo Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) um desvio temporário de doentes transportados por ambulância até às 15:00 de hoje.

“Foi assim acionada a resposta em rede do SNS [Serviço Nacional de Saúde] pelo facto de a capacidade de internamento do HFF estar temporariamente limitada, situação que se encontra no imediato normalizada”, refere o hospital.

Na conferência de imprensa, João Gouveia destacou a importância de os hospitais comunicarem entre si como aconteceu na pandemia, lamentando que o Santa Maria tenha sabido do encerramento das urgências pelas ambulâncias que estão à porta e não pelos hospitais que têm os serviços encerrados.

O Hospital Fernando Fonseca disse “não compreender as declarações do Diretor Clínico do Hospital de Santa Maria, a respeito dos pedidos realizados ao Centro de Orientação de Doentes Urgentes do Instituto Nacional de Emergência Médica”.

“Não as compreendendo, entende [o hospital] que não deve fazer qualquer comentário acerca destas”, refere no documento.

LUSA/HN

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