“Nós sabemos que os dois relatórios que já foram divulgados pela Direção Executiva do Serviço Nacional de Saúde (DE-SNS) não refletem aquela que é a realidade do país transmitindo, do nosso ponto de vista, uma falsa sensação de segurança”, afirmou Carlos Cortes no final de uma visita ao Hospital Pedro Hispano, em Matosinhos, no distrito do Porto.
A criação dessa “falsa sensação de segurança” prejudica a eficiência da resposta dos cuidados de saúde e prejudica, em primeiro lugar, os doentes, considerou.
Segundo Carlos Cortes, os doentes ao não terem uma informação fidedigna podem erradamente dirigir-se a uma urgência que não vai ter solução para o seu problema.
Além dos doentes, o bastonário referiu que também os vários intervenientes na resposta de urgência saem prejudicados, desde aqueles ligados ao transporte de doentes, aos hospitais circundantes e Linha SNS24.
Carlos Cortes disse que, até agora, a Ordem dos Médicos já detetou cerca de 20 situações que não estavam reportadas nos relatórios da DE-SNS.
“A semana passada, a título de exemplo, estive no hospital da Guarda onde não está referido no relatório da Direção Executiva do SNS que não tem resposta de medicina interna e de cirurgia todos os dias da semana”, afirmou.
Nas últimas semanas, a DE-SNS já publicou dois planos de reorganização abrangendo mais de 30 urgências de várias especialidades do país que vão funcionar, durante determinado período, com limitações devido à falta de médicos para assegurar as escalas.
O primeiro plano visou o período de 11 a 18 de novembro e o segundo vai de 19 a 25 de novembro.
LUSA/HN
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