A doação foi formalizada na quinta-feira pela multinacional alemã Würth, especialista em materiais de construção, e o montante será repartido por 10 anos, entre 2023 e 2033.
Uma doação no mesmo montante, pelo casal espanhol Mauricio e Carlotta Botton, família proprietária da marca de iogurtes Danone, permitiu à Fundação Champalimaud construir o Centro Botton-Champalimaud para o Cancro do Pâncreas, inaugurado em 2021, tendo como fim a investigação e o tratamento de uma das doenças mais mortíferas.
A nova doação destina-se a financiar exclusivamente a investigação sobre o cancro do pâncreas, possibilitando “reforçar as equipas” que na Champalimaud se têm dedicado ao estudo da doença, “uma das mais perigosas e mais temidas”, nas palavras de Leonor Beleza, ex-ministra da Saúde.
“Ao contrário de muitas outras doenças, inclusive muitos outros cancros, praticamente tem sido muito reduzido o progresso que se tem feito para conhecer a doença e a controlar”, assinalou a presidente da Fundação Champalimaud, acrescentando que “é obrigação” da instituição “tratar as questões difíceis do ponto de vista científico”.
Para Leonor Beleza, doações como as que foram efetuadas à Champalimaud “são confirmações poderosas do acerto da escolha” que a fundação fez na área do cancro do pâncreas, uma vez que “meios a este nível são relativamente raros” na ciência.
A Fundação Champalimaud, criada em testamento pelo empresário António Champalimaud, desenvolve “programas avançados de investigação biomédica” e presta cuidados médicos nas áreas da oncologia e neuropsiquiatria.
LUSA/HN
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