“Espera-se a maior afluência ao serviço de urgência do período de Natal e Fim de Ano”, afirmou o CHUC num comunicado enviado à agência Lusa.

“Face às circunstâncias atuais, importa recordar que devem ser seguidas as recomendações da Direção-Geral da Saúde (DGS) para as temperaturas frias, ser utilizada a Linha Saúde 24, unidades de cuidados de saúde primários, e recorrer parcimoniosamente aos serviços de urgência”.

O CHUC referiu que “tem desempenhado o seu papel na rede de urgências do Serviço Nacional de Saúde (SNS), suportando o encerramento dos serviços de urgências de vários hospitais periféricos”.

“Esta capacidade de resposta deve-se ao desempenho e dedicação inexcedíveis dos seus profissionais de saúde”, a que se junta “a colaboração das restantes unidades hospitalares”.

Entre os dias 23 de dezembro e 01 de janeiro, “o CHUC realizou 7.483 episódios nos seus serviços de urgência”, sendo 4.737 com adultos, 2.077 pediátricos e 669 obstétricos.

“Destes episódios, resultaram 966 admissões a internamento. Nos episódios de adultos, a faixa etária mais representativa é a de mais de 85 anos com 721 episódios. Mais de 55% dos doentes adultos têm mais de 60 anos”, segundo a nota.

O CHUC ressalvou que 26 de dezembro e 02 de janeiro são dias “caracterizados pelo aumento da afluência aos serviços de urgência”.

“Este ano, estes dois dias decorrem na sequência de fins-de-semana prolongados, sendo expectável um incremento da procura”, admitiu, indicando que “cerca de 50% dos doentes não prioritários são vistos fora do tempo adequado”.

A fim de mitigar o previsível aumento de afluência, o CHUC “tomou um conjunto de medidas adicionais de contingência, amplamente divulgadas”.

No dia 28, face ao aumento da procura e previsão de aumento de episódios do foro traumático durante a passagem de ano, “foram reforçadas as medidas anteriores e tomadas medidas adicionais, como o adiamento de cirurgias convencionais não prioritárias e aumento da capacidade de internamento em mais 14 camas de agudos”.

O conselho de administração do CHUC manifestou “total empatia pelo esforço das equipas”, além de demonstrar “total disponibilidade” para, em conjunto com elas, “encontrar as melhores e mais adequadas soluções para cada momento”.

“A alta prevalência de episódios de serviços de urgência inadequados diminui a satisfação do doente e reduz a qualidade do atendimento, com tempos de espera e diagnósticos ou tratamentos tardios, e afeta negativamente os profissionais de saúde”.

Recordando que “existem alternativas aos serviços de urgência”, o CHUC apelou aos utentes para, nestes casos, contactarem de preferência o centro de saúde da sua área de residência.

Em 11 de dezembro, o CHUC ativou o plano de contingência para a resposta sazonal em saúde, no módulo de inverno, aplicando “um conjunto de medidas escaláveis e dinâmicas, incluindo a abertura adicional de camas de agudos com o adequado aumento das equipas dedicadas”.

LUSA/HN