“O estado absolutamente calamitoso a que o Governo do Partido Socialista conduziu o SNS tem causado danos irreparáveis ao povo português e, em particular, ao do Alentejo”, pode ler-se numa pergunta dirigida pelos sociais-democratas ao ministro da Saúde, Manuel Pizarro.
A pergunta, que foi subscrita por quatro deputados ‘laranja’, de entre os quais a parlamentar eleita pelo círculo de Évora, Sónia Ramos, foi hoje enviada à agência Lusa pelas estruturas locais do partido.
“A situação de bloqueio e inoperacionalidade do SNS no país tornou-se insustentável e, na região do Alentejo, assume ainda mais gravidade, porque a dimensão geográfica do nosso território e a falta de oferta alternativa conduz as nossas gentes à total ausência de assistência e de socorro”, avisaram os deputados.
Segundo o PSD, o Hospital do Espírito Santo de Évora (HESE) tem registado constrangimentos no balcão de medicina interna do Serviço de Urgência Polivalente, os quais “são publicamente assumidos desde 21 de novembro” de 2023.
Este balcão, salientaram os deputados, já esteve encerrado, devido ao número de utentes que deram entrada no serviço e às dificuldades no preenchimento de escalas dos médicos, enquanto, noutras ocasiões, foram assistidos “apenas os doentes encaminhados pelo CODU/INEM”.
“A urgência pediátrica tem sofrido idênticos constrangimentos, encontrando-se encerrada por períodos inaceitáveis”, assinalaram os deputados sociais-democratas.
Entre outras alegadas falhas, o PSD apontou também que a viatura médica de emergência e reanimação (VMER) alocada ao HESE “falhou o socorro a um grave acidente ocorrido na A6 perto de Montemor-o-Novo”, em novembro passado.
“As viaturas do INEM na região do Alentejo, em resultado da política de cativações dos governos socialistas, têm em média 18 anos de idade e milhares de quilómetros percorridos, encontrando-se em estado de obsolescência absoluta”, arugmentaram.
Na pergunta dirigida ao Governo, os deputados ‘laranja’ questionaram o ministro sobre se tem conhecimento dos constrangimentos no funcionamento da urgência geral, urgência pediátrica e medicina interna do HESE e dos tempos de espera para atendimento.
No documento, também perguntaram se Manuel Pizarro tem conhecimento da falta de profissionais de saúde e do encerramento consecutivo das urgências no HESE e que medidas tenciona tomar para permitir o regular funcionamento do hospital.
LUSA/HN
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