Segundo uma nota hoje publicada no sítio oficial da Presidência da República na Internet, Marcelo Rebelo de Sousa esteve na semana passada na Gare do Oriente e visitou o pavilhão do Casal Vistoso na quarta-feira à noite.
O Presidente da República “inteirou-se” nestas visitas – que não foram previamente divulgadas à comunicação social – “das medidas tomadas para apoiar pessoas em situação de sem-abrigo, neste momento de condições climatéricas particularmente agrestes”, lê-se na mesma nota.
Marcelo Rebelo de Sousa reduziu a sua agenda pública depois de anunciar a dissolução da Assembleia da República e a convocação de legislativas antecipadas para 10 de março, que deverão ser formalizadas por decreto na próxima segunda-feira.
Nesta fase, até às eleições, “o Presidente apaga-se, tem de se apagar”, defendeu.
Desde 2016, ano em que assumiu a chefia do Estado, Marcelo Rebelo de Sousa elegeu como causa a integração das pessoas em situação de sem-abrigo e esteve sucessivas vezes nas ruas e em centros de acolhimento, sobretudo durante o inverno, acompanhado por jornalistas, para chamar a atenção para este tema.
Além disso, promoveu reuniões entre instituições que prestam apoio a pessoas em situação de sem-abrigo e o Governo, para pressionar a atuação das autoridades públicas nesta matéria.
Em 2017, definiu como meta a erradicação deste problema até 2023. No entanto, com o surgimento da pandemia de covid-19, em 2020, considerou improvável que se cumprisse essa meta.
“É com tristeza que verifico que uma nova crise vai significar ou pode significar o aumento dos sem-abrigo”, declarou o Presidente, em junho de 2020, acrescentando: “Estar agora a dizer que a meta de 2023 vai ser cumprida era estar a mentir aos portugueses. Não posso dizer isto, é uma mentira, porque não sei, e muito provavelmente não pode, por muito que se faça”.
Ao tomar posse para um segundo mandato, em março de 2021, Marcelo Rebelo de Sousa prometeu exercer funções com “preferência pelos excluídos”, a pensar em primeiro lugar “nos que mais necessitam”, incluindo “os sem-abrigo, os com teto, mas sem habitação condigna”.
LUSA/HN
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