As declarações foram proferidas na sessão de comemoração do 31º Aniversário do INFARMED, decorrida esta amanhã no auditório da instituição.
Na sessão de abertura, Rui Santos Ivo começou por sublinhar o papel do Infarmed no acesso, qualidade e segurança dos medicamentos introduzidos no mercado.
“São três décadas de afirmação e sempre com foco no cidadão. A preocupação do Infarmed tem sido a confiança sobre os medicamentos e dispositivos médicos que utilizamos. Julgo que essa é a marca que nos tem distinguido ao longo destes 30 anos. É claro que sem nossos colaboradores, de grande qualidade, não teria sido possível chegar onde estamos”, disse em declarações ao HealthNews.
Questionado sobre os principais desafios que o Infarmed tem enfrentado, Rui Santos Ivo disse que estes centram-se em três áreas: a disponibilidade dos medicamentos, o acesso às terapêuticas inovadoras e a sustentabilidade financeira dos produtos que são introduzidos no mercado.
“Este foi um ano muito exigente. Trabalhámos fortemente nas áreas da disponibilidade e acesso aos medicamentos; na avaliação da sua monitorização, tanto no plano nacional, como europeu; no desenvolvimento de ensaios clínicos e na avaliação de tecnologias de saúde”, apontou.
Na sessão, o dirigente aproveitou a presença de alguns representantes políticos para pedir a revisão dos estatutos. “Conscientes do nosso papel na sociedade estamos empenhados na construção de ações e parcerias estratégicas que promovam o desenvolvimento científico em Portugal (…) Queremos continuar o caminho de afirmação e reconhecimento internacional. Mas este desejo não depende apenas do Infarmed. Para conseguir manter o prestígio da nossa instituição é indispensável revermos o seu estatuto com novos instrumentos de gestão”.
De acordo com Santos Ivo, “um novo estatuto é crucial neste momento”, pois para poder cumprir a missão do Infarmed é preciso “criar condições mais atrativas” para reter talento. “Sem isso vai ser muito difícil enfrentarmos os desafios que temos pela frente”, disse.
O responsável garantiu que neste momento está a ser construído o novo plano estratégico de 2024-2026, “onde refletiremos sobre o Infarmed de que o país precisa para continuar a reforçar a sua resposta, visando a proteção da saúde pública e a garantia de acesso a medicamentos e outras tecnologias de saúde.”
HN/Vaishaly Camões
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