A instituição, denominada H&TRC, da Escola Superior de Tecnologia da Saúde (ESTeSL) do Instituto Politécnico de Lisboa, foi criada em 2016 e o protocolo, agora assinado, com a sua congénere (ESTeSC) do Instituto Politécnico de Coimbra, “reforça a cooperação de longa data existente entre ambas as instituições”, refere uma nota de imprensa hoje enviada à agência Lusa.
A criação do novo polo “permitirá, previsivelmente, a ambas as instituições ter acesso a mais financiamento para investigação, densificando a produção científica e abrindo caminho para a criação de ciclos de estudo de doutoramento na área das Tecnologias da Saúde”, adianta o comunicado.
A criação do polo, registado na segunda-feira na Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT), resulta de um protocolo assinado, na passada sexta-feira, pelos presidentes de ambas as escolas, que prevê o desenvolvimento de trabalhos conjuntos, com a integração de investigadores de Coimbra no centro de investigação de Lisboa e a criação de uma unidade de gestão na ESTeSC, denominada H&TRC-Coimbra.
O novo centro de investigação será constituído por investigadores e docentes da ESTeSC e terá como objetivos “avaliar os determinantes da saúde humana, doença e bem-estar”, analisando fatores ambientais, nutricionais, genéticos, comportamentais ou de atividade física associados àqueles processos e desenvolver novas tecnologias de saúde “que contribuam para melhorar as técnicas de diagnóstico e terapêutica atualmente utilizadas”.
Citado no comunicado, o presidente da ESTeSC, Graciano Paulo, afirmou que a criação do H&TRC-Coimbra “representa um marco histórico na vida da instituição” e também a “afirmação da Escola no âmbito do Ensino Superior e na investigação”.
“Pela primeira vez, a ESTeSC-IPC vai juntar-se a uma congénere, potenciando a investigação de ambas as partes, dando maior dimensão ao que já se faz e preparando o caminho para a outorga futura do grau de doutor”, enfatizou.
A instituição lembrou, no comunicado, que as alterações legislativas publicadas em 2023, passaram a permitir a abertura de cursos de doutoramento aos estabelecimentos de ensino superior politécnico, desde que estes, entre outros fatores, “estejam agregados a um centro de investigação reconhecido pela FCT e classificado com, pelo menos, muito bom”.
No entanto, ainda segundo a nota de imprensa, a criação do novo polo de investigação “não visa, apenas, responder às exigências legislativas”.
“Fazer investigação a este nível é importante porque o resultado tem um enorme impacto na sociedade. Queremos fazer investigação útil à sociedade, que contribua para a melhoria dos cuidados de saúde”, observou Graciano Paulo.
LUSA/HN
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