A conclusão é do estudo “Viver com Mieloma Múltiplo: Impacto na Vida dos Doentes em Portugal”, promovido pela Takeda, com o apoio da Associação Portuguesa Contra a Leucemia (APCL), da Associação de Apoio aos Doentes com Leucemia e Linfoma (ADL) e da Associação Portuguesa de Leucemias e Linfomas (APLL).
Em Portugal, são diagnosticados cerca de 800 novos casos por ano. A maioria das pessoas diagnosticadas com MM tem mais de 65 anos, mas pode surgir em doentes mais jovens. Foi o caso da Ana Filipa Lopes: “Fui diagnosticada aos 29 anos com mieloma múltiplo após queixas relacionadas com outro quadro clínico. Mas, em retrospetiva, já tinha sinais e sintomas como dores de costas e fadiga. Ao início foi muito difícil gerir os desafios físicos e emocionais, mas com ajuda psicológica individual e um grupo de apoio foi-se tornando mais fácil. Sou acompanhada por uma equipa médica multidisciplinar e procuro conhecimento constante sobre a doença. Com base nos avanços científicos sinto-me confiante no futuro e vou traçando objetivos para a minha vida.”
“Apesar de permanecer incurável, o mieloma múltiplo tem vindo a tornar-se uma doença cada vez mais crónica. Os doentes fazem terapêuticas com uma toxicidade limitada, geralmente bem toleradas, o que permite que estas sejam realizadas por tempo prolongado e o doente possa retomar ou manter a sua vida normal. Perante este facto, quanto mais informado o doente estiver, melhor vai conseguir lidar com a doença e gerir os seus efeitos, de forma a garantir a sua qualidade de vida”, esclarece Catarina Geraldes, diretora do Serviço de Hematologia Clínica da Unidade Local de Saúde de Coimbra.
Apesar de ser uma patologia com sintomas inespecíficos, é importante ter atenção a alguns sinais e sintomas. Um diagnóstico precoce é fundamental na gestão desta doença, nomeadamente na prevenção da disfunção de órgãos, que pode ser irreversível.
PR/HN
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