O projeto foi ontem apresentado em reunião do executivo municipal, tendo a autorização da realização da despesa e a abertura do procedimento sido aprovadas por unanimidade.
A autarquia prevê iniciar as obras, com um prazo de execução de 540 dias, ainda este ano.
Na ocasião, o presidente do município, Gonçalo Lopes (PS), explicou que com este investimento a autarquia está a cumprir o calendário na aposta da área da saúde, lembrando os investimentos já concretizados nas unidades de saúde de Bidoeira, Amor e Parceiros.
Gonçalo Lopes adiantou que, depois da unidade de saúde de Santa Eufémia e Boa Vista, seguem-se as de Pousos e Barreira.
O autarca explicou que a “aposta na área da saúde tem-se estendido” a outros projetos, como a “Bata Branca”, para assegurar consultas a utentes sem médico de família, que já possibilitou “mais de três mil consultas”, a entrega de 10 viaturas para garantir transporte de enfermeiros para os doentes que estão em casa e o reforço dos recursos humanos com três assistentes profissionais.
“Esta é uma das áreas mais importantes naquilo que temos vindo a desenvolver nos últimos anos”, considerou Gonçalo Lopes.
O vereador Daniel Marques (independente eleito pelo PSD) admitiu que com a construção de unidades de saúde a autarquia está “a resolver uma parte dos problemas”, a dos equipamentos.
Alertando para a falta de médicos de família, Daniel Marques defendeu que se tem de “continuar a pressionar o Governo, seja ele qual for, para resolver este problema”, pois o projeto “Bata Branca” resolve este problema “de forma pontual”.
Já a vereadora Branca Matos (PSD) referiu que se continua a encher as urgências hospitalares com situações que “podem ser resolvidas na retaguarda, nos centros de saúde com SAP [serviço de atendimento permanente]”.
Segundo a autarca, com a falta de recursos humanos, “o Governo tem de alterar a forma de funcionamento destes centros de saúde”.
Na resposta, Gonçalo Lopes admitiu que a “expectativa é muito elevada” sobre a política de saúde do Governo que toma posse, referindo-se que este se comprometeu em 60 dias a apresentar um programa de recuperação nesta área.
“Aguardo os 60 dias”, afirmou, admitindo que “passados estes 60 dias muitos problemas irão continuar”.
Por outro lado, Gonçalo Lopes sustentou que “o problema da falta de médicos não se resolve com a pressão do presidente da Câmara de Leiria” junto da futura ministra, caso contrário a pressão partiria de todos os presidentes de Câmara.
“Vamos tentar soluções alternativas para completar a resposta na área da saúde, vamos desejar que se encontrem soluções”, adiantou.
Luís Montenegro comprometeu-se, por exemplo, a nos primeiros 60 dias do novo Governo apresentar um plano de emergência para o Serviço Nacional de Saúde, a aplicar até final de 2025.
Diminuir os prazos na marcação de consultas de saúde familiar, com a teleconsulta como uma alternativa, e garantir enfermeiro e médico de família, recorrendo também aos setores privado e social, são algumas das metas deste plano, que prevê também atendimento célere nos cuidados primários (quando se trate de doença aguda) ou alargar o sistema de ‘vouchers’ para o privado que já existe nas cirurgias às consultas de especialidade, quando se ultrapassam os tempos de espera.
LUSA/HN
0 Comments