Instalação de hospital de campanha em Ponta Delgada continua a justificar-se

10 de Maio 2024

O presidente do Governo dos Açores considerou esta quinta-feira que continua a justificar-se a instalação de um hospital de campanha, embora a Cruz Vermelha também esteja a instalar um posto médico avançado, depois do incêndio no hospital de Ponta Delgada.

A instalação do hospital de campanha “não é uma emergência de véspera, mas programada”, afirmou o líder do executivo açoriano (PSD/CDS-PP/PPM), José Manuel Bolieiro, salientando que se está a fazer as coisas “passo a passo”, na sequência do incêndio de sábado no Hospital do Divino Espírito Santo (HDES).

José Manuel Bolieiro, que visitou quinta-feira o posto médico avançado que a Cruz Vermelha está a montar em Ponta Delgada, no pavilhão gimnodesportivo da Escola Mãe de Deus, salientou a “proatividade que as Forças Armadas têm colocado” na instalação do hospital de campanha, estando-se a “preparar todos os meios assim que foram solicitados”.

O incêndio que deflagrou no sábado pelas 09:40 locais (10:40 em Lisboa) no HDES, e só foi declarado extinto às 16:11, obrigou à transferência de todos os doentes que estavam internados.

Na altura do incêndio estavam no estabelecimento de saúde 333 doentes e foi necessário proceder à transferência de 240 para várias unidades da ilha de São Miguel, incluindo um hospital privado em Lagoa, para os hospitais das ilhas Terceira e Faial e para a Região Autónoma da Madeira.

Em declarações aos jornalistas durante a visita ao posto médico avançado da Cruz Vermelha, o líder do executivo açoriano disse que a estrutura tem “capacidade suficiente para todos os doentes que estão no centro de saúde de Ponta Delgada”, prevendo-se que os 34 pacientes sejam transferidos na sexta-feira.

“A partir de segunda-feira, o centro de saúde de Ponta Delgada está na sua plenitude de capacidade assistencial”, acrescentou o governante, adiantando também que 42 profissionais do HDES estarão no posto médico avançado da Cruz Vermelha.

Também em declarações aos jornalistas, a secretária regional da Saúde e Assuntos Sociais, Mónica Seidi, admitiu a possibilidade de “alocar outros doentes que entretanto tenham critério de admissão no regime de internamento” à estrutura da Cruz Vermelha.

Contudo, acrescentou, a situação “não se coloca neste momento, porque o centro de saúde da Ribeira Grande tem uma enfermaria de medicina interna” com capacidade para 28 utentes.

Mónica Seidi adiantou ainda que na próxima semana essa capacidade será duplicada e admitiu um reforço das linhas de saúde para atendimento da população caso se justifique.

Ainda segundo a titular da pasta da Saúde do Governo Regional, começaram quinta-feira os trabalhos no terreno para permitir que o HDES “possa retomar de forma faseada alguma atividade”, nomeadamente a hemodiálise e os serviços do hospital de dia da oncologia.

LUSA/HN

0 Comments

Submit a Comment

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

ÚLTIMAS

Malária matou 31 angolanos por dia em 2024

A malária matou 11.447 pessoas em Angola em 2024, uma média de 31 mortes por dia em quase 12 milhões de casos notificados no ano passado, anunciaram hoje as autoridades angolanas, garantindo investimentos na prevenção e tratamento.

MAIS LIDAS

Share This
Verified by MonsterInsights