Relativamente à notícia infra, titulada ““Peixeirada” na João Crisóstomo: Dirigentes sindicais aos gritos enquanto aguardavam reunião com equipa ministerial” e publicada ontem, pelas 16h30, no nosso site, vem a FNAM solicitar o exercício de Direito de Resposta e Retificação nos seguintes termos:
“Hoje, dia 18 de Junho de 2024, o Health News produziu uma notícia intitulada: ‘“Peixeirada” na João Crisóstomo: Dirigentes sindicais aos gritos enquanto aguardavam reunião com equipa ministerial”’, onde dá conta de uma carta, a que o jornal teve acesso, alegadamente enviada “pela direção do Sindicato dos Médicos da Zona Centro (SMZC) à Comissão de Fiscalização da FNAM, convocando a título extraordinário esta, para “avaliar conflito no Ministério da Saúde” ocorrido no dia 24 de maio momentos antes do encontro entre a estrutura sindical e a equipa de Ana Paula Martins para mais uma ronda negocial.”
O SMZC nega categoricamente ter enviado qualquer carta à Comissão Fiscalizadora da FNAM, e nega também que o teor da carta reproduzida por este meio de comunicação social corresponda à verdade.
Vimos por este meio pedir que a verdade seja reposta, e lamentar que não tenhamos, desde o primeiro momento, sido confrontados com a veracidade e o conteúdo de suposta missiva, ainda mais contendo ela matéria claramente difamatória”.
18 de junho 2024
A Comissão Executiva da FNAM
“Peixeirada” na João Crisóstomo: Dirigentes sindicais aos gritos enquanto aguardavam reunião com equipa ministerial”
A história vem relatada numa carta, a que o nosso jornal teve acesso, enviado pela direção do Sindicato dos Médicos da Zona Centro (SMZC) à Comissão de Fiscalização da FNAM, convocando a título extraordinário esta, para “avaliar conflito no Ministério da Saúde” ocorrido no dia 24 de maio momentos antes do encontro entre a estrutura sindical e a equipa de Ana Paula Martins para mais uma ronda negocial.
Na missiva, faz-se o relato do que aconteceu, com pormenores chocantes, tendo em conta a expetativa de dignidade esperada de responsáveis de alto nível.
“A 24 de Maio, pelas 11:04h, a delegação da FNAM composta pela Dra. Joana Bordalo e Sá, pelo Dr. João Proença, pelo Dr. Paulo Passos, pelo Dr. Mauro Vicente, pela Dra. Vitória Martins e pelo Dr. Miguel Monteiro, subiu ao 3ª andar do edifício do Ministério da Saúde com o fito de participar em mais uma ronda negocial com a equipa ministerial” começa por se relatar na carta, prosseguindo: “a Dra. Vitória Martins e o Dr. Miguel Monteiro, que tinham acabado de chegar ao Ministério, em vez de subirem no elevador com os restantes elementos, optaram por usar as escadas. Chegaram ao 3º andar e, visto que ainda decorria a reunião da equipa ministerial com o Sindicato Independente dos Médicos, foram encaminhados para uma sala no mesmo piso, a fim de aguardar pelo desfecho daquela reunião.
“Entraram na sala, com várias mesas e cadeiras dispostas em U, foram distribuídos os habituais cumprimentos e saudações e cada um escolheu o seu lugar: o Dr. Paulo Passos e a Dra. Joana Bordalo e Sá, de um lado, o Dr. Miguel Monteiro e a Dra. Vitória Martins, do outro, e, na base do U, o Dr. João Proença e o Dr. Mauro Vicente”. “Entretanto e no imediato, acabava o funcionário do Ministério de sair da sala depois de servir dois cafés ao Dr. Miguel Monteiro, já sentado e de frente para o Dr. Paulo Passos, e à Dra. Vitória Martins, ainda de pé, de frente para a Dra. Joana Sá, a colocar o seu casaco nas costas da cadeira, e diz esta num tom ríspido e autoritário: “ó Vitória, a equipa ministerial está muito bem preparada e tu lá dentro só falas com a minha autorização e sobre o que eu falar.” A Dra. Vitória Martins, ainda de pé e visivelmente incomodada com o comportamento autoritário e provocatório, contesta: “o quê!? se é para isso vou-me embora, não estou aqui a fazer nada! não aceito ser amordaçada!”., Prossegue a narrativa.
“Ato contínuo, a Dra. Joana Sá, ao mesmo tempo que, de braço esticado, apontava com o dedo indicador para a porta da sala, respondia descontroladamente e em tom de voz elevado: “então vai!; sai! vai-te embora!” e “tu não está contra a Presidente da FNAM, tu estás contra mim!”. A confusão instalou-se na sala do Ministério: a Dra. Joana Sá, gritava: “não fales alto!”, ou “deixa-me terminar!”; a Dra. Vitória Martins, replicava e reclamava: “pluralismo!”, “recuso-me ser amordaçada” ou “tu és o Roque da Cunha da FNAM, mas a FNAM não é isto!”, cada uma delas procurando encadear um qualquer discurso lógico, que se revelava impossível com as constantes interrupções e o descontrolo evidente da situação de conflito criada.
Na missiva, a Direção do SMZC introduz um “parêntesis para enquadrar o conflito entre as duas dirigentes: “na primeira reunião com esta equipa ministerial, cerca de um mês antes, após uma apresentação de slides pela Dra. Joana Sá e de esta, fora dessa apresentação, ter referido e insistido que “a FNAM não aceita a “CRIzação da área hospitalar”, proferindo um discurso ostensivamente contra os Centro de Responsabilidade Integrados, a Dra. Vitória Martins, educadamente e já numa fase final da reunião, tomou da palavra para se identificar mais concretamente, referindo que integra o CRI de Pneumologia do Hospital da Figueira da Foz e que seria importante rever e renegociar a legislação dos CRI, criada pelo anterior Governo, mas ainda não terminada”. Aliás, acrescenta o SMZC, depois desta breve intervenção, bem maior e mais longa foi a intervenção do Dr. António Sousa, que após reflexão certeira, terminou pedindo “medidas concretas ainda este ano”.
Feito o parêntesis e voltando à sala do Ministério, relata-se na missiva enviada ao Conselho de Fiscalização da FNAM, “felizmente os ânimos acalmaram com a intervenção do Dr. Paulo Passos, que veio referir, designadamente que: “ó Vitória, temos de aceitar a decisão da maioria”; que ele próprio “não concordava com muitas decisões, mas aceitava, democraticamente”, e que, por isso, “não podíamos falar disso lá dentro”.
Nisto, prossegue o narrador, “e no meio do discurso o Dr. João Proença, recostando-se na sua cadeira, ainda alvitrou um desabafo: “Pfff, eu calo-me tantas vezes… lá dentro… e com vontade de falar…”, mas o conflito e o mais elementar sentido de dignidade da Dra. Vitória, enquanto pessoa, mãe, médica, e enquanto Presidente do SMZ Centro, estava irremediavelmente ferido e um mínimo de ética republicana não admitia outra posição que não a de abandonar delegação da FNAM, pois que são justamente os mais basilares princípios e direitos fundamentais que estão em causa, sobretudo a Democracia interna da FNAM e o respeito, urbanidade e solidariedade institucionais”.
Pouco depois, e com os ânimos mais serenados, a Vitória Martins, com “toda a calma e já sentada, falando num tom de voz baixo, lá explicou o porquê de ter feito a intervenção que fez, destacando que tinha absoluta legitimidade para a fazer e que isso em nada comprometeu a reunião ou a posição da FNAM, mas que não podia aceitar ser amordaçada, que fosse posto em causa o pluralismo democrático e a liberdade sindical ou a sua posição institucional, pelo que inevitavelmente teria de abandonar a reunião, o que fez, acompanhada pelo Dr. Miguel Monteiro”.
E pronto…. Fica o relato retirado quase na íntegra da carta da Direção do SMZC, que quer que a Comissão de Fiscalização da FNAM verifique se este conflito consubstancia, ou não, uma violação dos Estatutos e do Plano e Ação da FNAM.
Aceda ao documento, na integra, Convocação da Comissão de Fiscalização[2]
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