SIM assina protocolo negocial e revela que primeiro tema é o SIADAP já este mês

3 de Julho 2024

“Foi possível assinar o protocolo negocial”, disse hoje ao HealthNews o secretário-geral do Sindicato Independente dos Médicos, Nuno Rodrigues. O SIM tinha pedido que fossem incluídas as tabelas remuneratórias e o Governo acedeu.

“O SIM sempre tinha dito que teria de incluir as tabelas remuneratórias, foi possível incluí-las e, portanto, temos um protocolo negocial que versará sobre quatro temas: o SIADAP, que é a avaliação do desempenho médico; a formação, nomeadamente no âmbito do internato médico; as normas particulares de organização e disciplina do trabalho médico, que versa sobre horários, descansos compensatórios; e, por fim, as tabelas remuneratórias, portanto, as grelhas salariais”, revelou Nuno Rodrigues.

A negociação começa já daqui a 15 dias, com uma primeira reunião sobre o SIADAP, um tema “muito importante” para o SIM uma vez que 70% dos médicos nunca foram avaliados e 50% estão na primeira posição da carreira, explicou o secretário-geral.

Os três primeiros temas serão negociados até 31 de dezembro de 2024, enquanto o prazo para chegar a acordo quanto às grelhas salariais terminará a 31 de março de 2025. “No entanto, ficou escrito em ata que o SIM só aceitará um acordo que depois tenha efeitos retroativos a 1 de janeiro de 2025.”

“Finalmente houve bom senso por parte do Governo e conseguimos assinar o protocolo negocial, e vemos com bons olhos que a próxima reunião seja já este mês e, portanto, que se possa começar a fechar temas e a resolver problemas. O Sindicato Independente dos Médicos é um sindicato sério e credível e sempre aberto à negociação, portanto tudo fará para que as condições de trabalho dos médicos melhorem e, com isso, também seja fortalecido o SNS, e que o mesmo seja mais competitivo e eficiente”.

O Sindicato Independente dos Médicos reuniu com diversos grupos parlamentares antes das eleições de março. Na altura, todos concordaram que “os médicos ainda necessitavam de completar o acordo intercalar que foi alcançado no ano passado”. Para Nuno Rodrigues, a sociedade também sabe que os médicos do SNS, que ganham menos do que no privado e no estrangeiro, necessitam de uma atualização salarial.

HN/RA

 

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