Após quatro anos de ausência forçada devido à política anti-pandemia, professores estrangeiros da Universidade de Ciência e Tecnologia de Pyongyang (PUST) regressaram à Coreia do Norte, segundo informações do Governo sul-coreano. A permissão para o retorno dos académicos foi concedida no final de agosto, com a aprovação de vistos de entrada para alguns dos professores que trabalharam na instituição de ensino semiprivada antes do encerramento do país em 2020.
De acordo com Thae Yong-ho, secretário-geral do conselho consultivo para a Unificação Pacífica e antigo diplomata norte-coreano que desertou para a Coreia do Sul em 2016, a autorização demonstra a disposição do regime em garantir a segurança dos académicos. No entanto, o Ministério da Unificação da Coreia do Sul ainda não conseguiu confirmar oficialmente esta informação.
Desde o início da reabertura parcial das fronteiras da Coreia do Norte em agosto de 2022, o país já havia permitido a entrada de diplomatas de nações próximas, como China e Cuba, além de grupos de turistas russos. Contudo, se confirmada, a entrada dos académicos marca a primeira vez, desde o início da pandemia, que o regime de Kim Jong-un concede acesso a pessoas de países não alinhados com o governo norte-coreano.
A PUST, localizada nos arredores da capital norte-coreana, funciona desde 2010 e é fruto de um acordo entre instituições norte-coreanas e uma organização evangélica coreano-americana. Todo o corpo docente estrangeiro, composto por europeus e norte-americanos, foi forçado a deixar a Coreia do Norte quando o governo fechou as fronteiras em 2020. Desde então, as aulas, ministradas em inglês, têm sido conduzidas online.
O regresso dos professores estrangeiros à PUST representa um passo significativo na reabertura gradual da Coreia do Norte após anos de isolamento devido à pandemia de COVID-19, podendo sinalizar uma maior abertura do país ao mundo exterior nos próximos meses.
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