O HealthNews teve acesso a uma carta que circula entre os profissionais de saúde do Hospital Prof. Dr. Fernando Fonseca (HFF), onde os enfermeiros expressam a sua profunda preocupação relativamente ao facto de a alteração ao Decreto-Lei n.º 247/2009, de 22 de setembro, ao Decreto-Lei n.º 248/2009, de 22 de setembro, e à estrutura remuneratória da carreira especial de enfermagem, do Decreto-Lei n.º 71/2019, de 27 de maio, estabelecidas na publicação em separata no Boletim do Trabalho e Emprego nº 21 de 24 de outubro de 2024, não abranger os trabalhadores Enfermeiros com contrato de trabalho celebrado com o Hospital Prof. Dr. Fernando Fonseca.
Na missiva, os enfermeiros destacam que a iniciativa visa “o reconhecimento, valorização, atração e retenção de profissionais de saúde no Serviço Nacional de Saúde (SNS)”, sublinhando a necessidade de mitigar a crescente desvalorização que afeta a atratividade das carreiras e a motivação dos trabalhadores. Os enfermeiros alertam que a não aplicação destas medidas ao HFF poderá resultar na “delapidação do que de melhor existe na instituição, os seus Profissionais”.
A carta refere ainda a grave situação vivida na Unidade Local de Saúde do Alto Alentejo (ULSASI), onde já se verifica o encerramento de camas devido à dificuldade na contratação e retenção de enfermeiros. Os profissionais do HFF temem que a exclusão das novas condições salariais agrave ainda mais a situação, comprometendo a qualidade dos cuidados prestados à população.
Os enfermeiros do HFF apelam ao Conselho de Administração para que articule com as entidades competentes a inclusão dos profissionais da instituição nas novas condições, garantindo assim a valorização e a continuidade do serviço de saúde de qualidade.
Caso a situação não seja revista oportunamente, os enfermeiros desta instituição consideram-se forçados a considerar a apresentação da sua demissão, uma vez que a manutenção das condições propostas é insustentável e incontornavelmente desmotivadora.
AL/HN
Alto Alentejo????