Uma petição pública que exige a implementação urgente de políticas de saúde e inclusão social para pessoas diagnosticadas com Fibromialgia superou as 7.600 assinaturas em apenas dois meses. Este movimento, liderado por várias associações nacionais de apoio aos doentes, destaca a necessidade de garantir políticas adequadas para lidar com esta síndrome crónica, muitas vezes incapacitante, que afeta milhares de portugueses.
Entre as principais reivindicações da petição estão a revisão da Tabela Nacional de Incapacidades, a inclusão da Fibromialgia na lista de doenças crónicas da Direção-Geral da Saúde (DGS), e a criação de políticas laborais e escolares que permitam adaptações necessárias para as pessoas afetadas.
A Fibromialgia, reconhecida pela Organização Mundial da Saúde desde 1992, pode afetar cerca de 2% da população em Portugal. Esta condição causa um impacto socioeconómico significativo, resultando em custos diretos relacionados aos tratamentos médicos e perdas de produtividade, o que sublinha a urgência de uma resposta política eficaz. A petição solicita uma resposta imediata da Assembleia da República, que deverá debater o tema e propor recomendações ao Governo para responder a estas necessidades.
A mobilização em torno desta petição reflete uma crescente sensibilização da sociedade civil sobre o impacto desta síndrome frequentemente negligenciada, apesar do seu efeito debilitante. É considerado inaceitável que os doentes continuem desprotegidos perante uma condição que afeta todos os aspetos das suas vidas.
A petição é promovida pelas associações MYOS – Associação Nacional Contra a Fibromialgia e Síndrome de Fadiga Crónica, APJOF – Associação Portuguesa de Fibromialgia, e FIBRO – Associação Barcelense de Fibromialgia e Doenças Crónicas. Estas organizações contam com o apoio institucional de várias outras entidades ligadas à saúde. Este movimento representa um apelo coletivo de milhares de cidadãos exigindo apoio e inclusão para os doentes.
As associações promotoras continuam a incentivar a participação dos cidadãos através do link disponibilizado na plataforma Petição Pública, com o objetivo de pressionar as entidades competentes para uma resposta efetiva às necessidades desta população.
Sobre as Associações Promotoras
A MYOS foi fundada em 2003 como uma IPSS dedicada à defesa dos doentes com Fibromialgia e Síndrome de Fadiga Crónica. A APJOF, criada em 2016, trabalha na sensibilização e apoio às pessoas diagnosticadas com Fibromialgia. Já a FIBRO surgiu em 2012 com o objetivo de apoiar doentes com Fibromialgia e doenças crónicas, sendo reconhecida pela Direção-Geral da Saúde desde 2016 como uma associação defensora dos utentes com estas patologias.
PR/HN/MMM
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