A entidade, citando dados da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP) e tendo como fonte o Instituto Nacional de Estatística (INE), assinalou que “as exportações em Saúde fecharam o ano de 2024 a ultrapassar a meta dos 4 mil milhões de euros, um aumento de 21,7% em relação ao ano de 2023″.
Os Estados Unidos lideram os mercados de destino, mas a organização salienta à Lusa que ainda é “prematuro” avaliar possíveis consequências de eventuais tarifas aplicadas por Donald Trump, quando ainda não se conhecem detalhes ou informações oficiais.
O mercado norte-americano registou, no ano passado, um volume de exportações de produtos de saúde que ascendeu a 29,6%.
As exportações para os EUA podem, no entanto, sofrer alguns entraves caso o Presidente norte-americano avance com tarifas, sendo que Donald Trump já fez ameaças de aplicar taxas aos setores automóvel, dos semicondutores e farmacêutico, que podem ser de pelo menos 25%.
Questionado pela Lusa sobre o possível impacto destas tarifas, o diretor executivo do Health Cluster Portugal, Joaquim Cunha, admite que os EUA “continuam a representar um importante mercado de destino e um mercado consolidado a esse nível”, mas destaca que “é essencial evidenciar o facto de Portugal exportar hoje para praticamente todo o mundo”.
“Neste momento, será prematuro e totalmente especulativo falar em consequências de possíveis tarifas que se desconhece se serão aplicadas, em que dimensão, e em que moldes”, reitera.
Após os EUA, o maior mercado de destino no ano passado foi a Alemanha, com 27,5% do volume de exportações. O top 5 fica completo com Espanha, França e Bélgica, que também integram os principais mercados exportadores.
Ao atingir os 4.036 milhões de euros, o setor da saúde representa já 5,1% do total das exportações nacionais, nota a associação privada sem fins lucrativos que reúne atualmente mais de 230 associados.
As preparações farmacêuticas são o tipo de produto com um valor mais elevado do total das exportações em saúde, 82,8%, seguindo-se os dispositivos médicos, que alcançaram um volume total na ordem dos 500 milhões de euros.
Já os produtos farmacêuticos de base representaram 3,8% do total das exportações no ano passado.
Para Joaquim Cunha, citado em comunicado, “o crescimento consistente e contínuo das exportações reflete a aposta na internacionalização e a capacidade de Portugal enquanto fornecedor de produtos inovadores e de qualidade”.
“O setor da Saúde tem-se demonstrado bastante dinâmico, mesmo num contexto global cada vez mais desafiador, e continua a afirmar-se como motor de desenvolvimento económico e social do país”, acrescentou.
LUSA/HN
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