“Sempre acreditei que o exercício é a chave não apenas para a saúde física, mas também para a paz de espírito.” A frase de Nelson Mandela, retirada do seu livro Um Longo Caminho para a Liberdade, reflete bem a importância da atividade física, mesmo nos momentos mais desafiadores da sua vida.
Hoje, a ciência confirma aquilo que Mandela experienciou de forma intuitiva. A Organização Mundial da Saúde tem vindo a reforçar, com base em evidências, que a prática regular de exercício físico não só previne, como também ajuda a gerir doenças não transmissíveis. Além disso, contribui para a saúde mental, melhora a qualidade de vida e o bem-estar geral.
Um estudo dinamarquês de 2015, intitulado O Exercício como Medicamento, aprofundou a questão e comprovou a eficácia do exercício físico como terapia para 26 doenças crónicas. Entre as mais prevalentes estão o stress, a ansiedade, a depressão, o Parkinson, a diabetes, a hipertensão, doenças cardíacas, a insuficiência cardíaca, a asma, a osteoporose e até alguns tipos de cancro, como os do cólon, mama, endométrio e próstata. Além disso, o exercício tem mostrado melhorar a sobrevivência após o diagnóstico oncológico.
Os autores do estudo, B. K. Pedersen e B. Saltin, destacam que, em certos casos, “a terapia pelo exercício pode ser tão eficaz quanto o tratamento médico e, em situações específicas, pode ser até mais eficaz, ou potenciar o efeito da medicação”, sublinhando a necessidade de aplicar este conhecimento no dia a dia. Embora o tipo e a quantidade de exercício necessários para tratar cada patologia ainda exijam mais investigação, é essencial que a sociedade valorize um estilo de vida fisicamente ativo.
Vivemos numa época marcada por ritmos acelerados e pela escassez de tempo, onde as inovações tecnológicas oferecem soluções bastante eficazes para um problema comum: a falta de disponibilidade para treinar. A electroestimulação é um desses avanços tecnológicos, permitindo ativar até 90% dos músculos simultaneamente, através de impulsos elétricos. Com esta tecnologia, é possível realizar um treino de corpo inteiro em muito menos tempo, equivalendo a 4 ou 5 sessões tradicionais de 1h30, concentradas em apenas dois ou três treinos semanais. Para quem tem uma agenda apertada, esta inovação surge como uma opção prática e eficiente.
Além da otimização do tempo, a electroestimulação tem demonstrado benefícios na reabilitação , na melhoria da circulação e na condição física geral, sem sobrecarregar as articulações, sendo, por isso, uma alternativa para quem sofre de problemas de saúde. Por exemplo, em pessoas com mais de 60 anos que sofrem de dor lombar ou osteoartrite no joelho, tem mostrado ser eficaz na redução da dor. Em casos de excesso de preso, obesidade e perda de massa muscular, a electroestimulação associada a uma suplementação proteica, revelou ser um método eficiente para diminuir a massa gorda e recuperar a massa muscular.
Outro ponto relevante é a sua aplicação em doentes oncológicos. Para aqueles que, devido aos efeitos secundários do tratamento e à debilidade física, têm dificuldades em realizar exercícios prolongados e extenuantes, a eletroestimulação tem-se mostrado uma alternativa segura. Em estudos clínicos, após duas semanas de treino, os pacientes mostraram uma melhoria significativa na perceção corporal, redução da dor e do desconforto.
O exercício é, sem dúvida, fundamental para uma vida saudável, equilibrada e longe de doenças. Cada pessoa deve escolher a atividade mais adequada às suas necessidades e ao seu estado de saúde. E o melhor momento para começar? Sem dúvida, é já hoje.
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