Abre nova Unidade de Cuidados Intensivos no Hospital de Gaia

4 de Dezembro 2020

O Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho (CHVNGE) abre esta sexta-feira a nova Unidade de Cuidados Intensivos, com um investimento de 5,7 milhões de euros, e recebe já os primeiros doentes, adiantou fonte deste equipamento à Lusa.

Esta unidade, no distrito do Porto, foi construída em 90 dias e conta com 28 camas, incluindo seis quartos de isolamento, estando equipada com ventiladores e monitores de última geração, referiu a unidade hospitalar.

Com 1.650 metros quadrados, a UCI terá uma renovação completa de ar a cada seis minutos, quartos de isolamento com pressão positiva e negativa, mais dois ECMO (dispositivo de circulação extracorporal essencial ao tratamento de doentes críticos) e áreas amplas de pausa e de trabalho para os profissionais, “tendo luz natural garantida em todo espaço”, explicou.

A unidade, integrada no novo edifício hospitalar, é contígua ao novo serviço de urgência, o que permite “fluidez e rapidez” na intervenção, havendo um acesso privilegiado entre a sala de emergência, área laranja do serviço de urgência e serviço de imagiologia, acrescentou.

O CHVNGE adiantou que a UCI, que acolhe hoje às 08:00 os primeiros doentes, teve um investimento de 5,7 milhões de euros, nomeadamente 3,3 canalizados para a infraestrutura e 2,4 para equipamentos.

Anunciada a 20 de agosto de 2020 pelo primeiro-ministro António Costa, num espaço ainda em bruto, a obra foi entregue antes do prazo limite de 90 dias, permitindo ao CHVNGE iniciar a operação logística de equipar e iniciar a transferência de doentes em “tempo recorde”, sublinhou.

“A nova UCI representa também o primeiro momento da Fase C da renovação do CHVNGE, tendo sido antecipada pelo momento pandémico e possibilita uma melhoria no número de camas em UCI para doentes Covid-19 e não Covid-19, permitindo desde já libertar espaços do hospital que estavam a ser utilizados para apoio a doentes Covid-19: recobro do bloco operatório, unidade de cuidados pós-anestésicos e cuidados intermédios polivalentes, facilitando a reposição dos circuitos preexistentes”, sublinhou.

O presidente do Conselho de Administração do CHVNGE, Rui Guimarães, realçou o apoio e empenho “determinante” dos profissionais numa semana em que a unidade hospitalar abriu o novo serviço de urgência e a unidade de cuidados intensivos.

“Saliente-se que, além de demonstrarem uma enorme capacidade de superação, o facto de o terem conseguido num contexto de pandemia é absolutamente extraordinário”, vincou.

Na passada sexta-feira, o CHVNGE abriu a nova urgência que permite um aumento de capacidade de atendimento de 50%.

Em causa está um novo Serviço de Urgência que tem cerca de 5.000 metros quadrados, enquanto o atual tem 1.900, e é uma aspiração antiga que faz parte da fase B do plano de obras do CHVNGE.

LUSA/HN

0 Comments

Submit a Comment

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

ÚLTIMAS

Projeto IDE: Inclusão e Capacitação na Gestão da Diabetes Tipo 1 nas Escolas

A Dra. Ilka Rosa, Médica da Unidade de Saúde Pública do Baixo Vouga, apresentou o “Projeto IDE – Projeto de Inclusão da Diabetes tipo 1 na Escola” na 17ª Edição dos Prémios de Boas Práticas em Saúde. Esta iniciativa visa melhorar a integração e o acompanhamento de crianças e jovens com diabetes tipo 1 no ambiente escolar, através de formação e articulação entre profissionais de saúde, comunidade educativa e famílias

Cerimónia de Abertura da 17ª Edição dos Prémios de Boas Práticas em Saúde: Inovação e Excelência no Setor da Saúde Português

A Associação Portuguesa de Desenvolvimento Hospitalar (APDH) realizou a cerimónia de abertura da 17ª edição dos Prémios de Boas Práticas em Saúde, destacando a importância da inovação e excelência no setor da saúde em Portugal. O evento contou com a participação de representantes de várias entidades de saúde nacionais e regionais, reafirmando o compromisso com a melhoria contínua dos cuidados de saúde no país

Crescer em contacto com animais reduz o risco de alergias

As crianças que crescem com animais de estimação ou em ambientes de criação de animais têm menos probabilidade de desenvolver alergias, devido ao contacto precoce com bactérias anaeróbias comuns nas mucosas do corpo humano.

MAIS LIDAS

Share This