De acordo com o relatório, estes números são os mais elevados registados num único trimestre desde o início da vigilância nacional em 2016 deste problema de saúde pública.
O número de mortes no segundo trimestre aumentou 58% em relação aos três primeiros meses do ano e 54% comparativamente ao mesmo período de 2019, segundo o relatório de um comité de representantes do Governo federal, províncias e territórios.
Estes dados “fornecem uma visão geral dos efeitos graves e crescentes da pandemia Covid-19 sobre a crise da overdose”, refere o documento citado pela agência de notícias France Press (APF).
Os autores do documento recordam que, antes do início da pandemia, em meados de março, o Canadá estava a observar “os primeiros sinais encorajadores de uma diminuição das mortes relacionadas com a toxicidade dos opiáceos em algumas regiões”.
De janeiro a junho, o Canadá registou 2.670 mortes, envolvendo em 75% dos casos fentanil, um analgésico que se tornou uma droga letal.
Estimulantes como a cocaína ou a metanfetamina também estiveram implicados em metade de todas as mortes.
“Infelizmente, as novas previsões divulgadas hoje pela Agência de Saúde Pública do Canadá sugerem que estes números continuarão elevados nos próximos meses”, sublinha o relatório.
Estimativas do comité apontam que, entre janeiro de 2016 e junho de 2020, a crise dos opiáceos terá matado mais de 17.600 pessoas no Canadá.
Em resposta a este agravamento da crise, o Governo canadiano criou recentemente um fundo de emergência no valor de 300 milhões de dólares (193 milhões de euros) para apoiar os sistemas de saúde provinciais e territoriais no tratamento das vítimas.
LUSA/HN
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