O número recorde de novas infeções foi registado na última sexta-feira, com 29.875 casos positivos em 24 horas e na quarta-feira foi contabilizado o recorde diário de mortes, com 952 óbitos.
O número de casos positivos desde o anúncio do primeiro contágio no país, no final de janeiro, é de 1.406.161, com 24.125 mortes, enquanto cerca de 1.047.600 pessoas já foram consideradas curadas, de acordo com os dados do RKI.
Em toda a Alemanha, a incidência acumulada nos últimos sete dias é de 179,2 casos por 100 mil habitantes – 149,7 por 100 mil na quinta-feira anterior -, e as novas infeções somaram 149.061 casos na última semana.
O número de pacientes com covid-19 em unidades de cuidados intensivos na quarta-feira subiu para 4.836, dos quais 2.760 (57%) estão a receber respiração assistida, segundo dados da Associação Interdisciplinar Alemã de Cuidados Intensivos e Medicina de Emergência (DIVI).
O fator de reprodução (R) que considera as infeções em um intervalo de sete dias em comparação com os sete anteriores e que reflete a evolução das infeções de oito a 16 dias atrás, na Alemanha é de 0,98, significando que a cada cem infetados infecta uma média 98 outras pessoas.
Na quarta-feira, entraram em vigor novas medidas mais restritivas, que vão até 10 de janeiro, e que incluem o encerramento do comércio não essencial e escolas. Outras medidas de contenção do vírus já estavam em vigor desde o início de novembro nos setores do lazer, desporto, cultura e restauração.
O limite de cinco pessoas de duas casas diferentes é mantido em reuniões privadas – o que não inclui os menores de 14 anos no cálculo – e no Natal, entre 24 e 26 de dezembro, as reuniões podem ser estendidas para mais quatro pessoas, também de outras casas.
O presidente da Associação das Sociedades Mutualistas Alemãs, Andreas Gassen, em declarações à rede de comunicação Redaktionsnetzwerk Deutschland (RND), disse que esta nova paralisação na vida pública não terá o impacto desejado.
“Parto do pressuposto de que até o dia 10 de janeiro não alcançaremos uma queda relevante no índice de infeções e menos ainda no número de mortes”, previu.
De acordo com Gassen, um confinamento, não importa o quão severo, não é uma estratégia adequada de longo prazo para combater a pandemia.
Gassen ressalvou a importância de proteger melhor os grupos de risco em lares e centros de atendimento a dependentes, bem como aumentar a frequência do transporte público com mais autocarros e comboios para evitar grandes fluxos de pessoas e subsidiar viagens de táxi para estas pessoas.
A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.636.687 mortos resultantes de mais de 73,4 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
LUSA/HN
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