Para o primeiro desses novos edifícios já foi aberto o respetivo concurso público, que prevê 1,8 milhões de euros para a empreitada a arrancar até final de 2021 no referido concelho do distrito de Aveiro.
A estrutura ficará localizada na freguesia de São Paio de Oleiros, mas na fronteira com a de Nogueira da Regedoura, propondo-se assim servir os cerca de nove mil moradores de ambas as localidades e substituir dois polos da mesma unidade de saúde familiar – que atualmente funciona no antigo hospital de Oleiros e tem uma extensão na junta de freguesia de Nogueira.
“Foi consensualizado entre as duas juntas que esta era a solução mais vantajosa e assim temos condições para criar uma unidade com as melhores condições para profissionais e utentes”, disse à Lusa o presidente do Município da Feira, Emídio Sousa.
O investimento deverá ter comparticipação comunitária na ordem dos 700 mil euros “e o resto vai ser a Câmara a pagar na íntegra, já que, infelizmente, o Estado central se demitiu de exercer a sua função de criar e gerir equipamentos para garantir cuidados de saúde à população, pelo que a autarquia se tem que substituir à tutela”.
As outras duas unidades de cuidados de saúde primários, já com projetos de arquitetura a serem ultimados para que o respetivo concurso público possa arrancar no primeiro trimestre de 2021, estão previstas para Canedo e Milheirós de Poiares.
No primeiro caso, o imóvel ficará instalado naquela que é uma das freguesias em maior crescimento no município, mas irá servir também os utentes das localidades vizinhas de Vila Maior e Gião, num universo global de “oito mil a nove mil pessoas”.
A obra vai custar um milhão de euros e terá fundos comunitários, mas Emídio Sousa considera que “as verbas reservadas para a comparticipação são manifestamente insuficientes”, pelo que a autarquia está a tentar aumentar essa dotação e antecipa que, “mesmo que isso não se consiga, a Câmara financiará o que for necessário”.
Igual orçamento tem a unidade a criar em Milheirós, destinada a uma população de aproximadamente sete mil utentes e também a aguardar abertura de concurso público no início de 2021.
Quanto aos prazos de execução das três obras, Emídio Sousa adianta: “Uma vez no terreno, em dois anos teremos as três unidades concluídas e, entretanto, só falta tratar da de Fiães e da do centro da Feira”.
LUSA/HN
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