Permitido circular entre concelhos mas há recolher obrigatório nos locais de maior risco

4 de Janeiro 2021

A proibição de circulação entre concelhos em todo o território continental terminou esta segunda-feira às 05:00, após o fim de semana prolongado de passagem de ano, mas mantém-se o recolher obrigatório nos territórios de maior risco de transmissão da Covid-19.

No âmbito do novo estado de emergência, que entrou em vigor em 24 de dezembro e se prolonga até quinta-feira, os concelhos de risco extremo, muito elevado e elevado de contágio da Covid-19, num total de 201 municípios do território continental, estão sujeitos ao recolher obrigatório, ou seja, à proibição de circulação na via pública entre as 23:00 e as 05:00 nos dias de semana.

Ao fim de semana, o recolher obrigatório nos territórios de risco muito elevado e extremo tem decorrido a partir das 13:00, mas como o atual estado de emergência termina na quinta-feira carece de renovação para que as medidas de restrição se mantenham em vigor, devendo haver uma atualização da lista de concelhos consoante os quatro níveis de risco – extremo, muito elevado, elevado e moderado.

No período de Natal, independentemente do nível de risco de cada território, foi permitida a circulação entre concelhos, bem como a circulação na via pública nos dias 24 e 25 de dezembro até às 02:00 do dia seguinte, e no dia 26 de dezembro até às 23:00.

Após esse alívio das medidas de restrição, o período de Ano Novo foi de “máxima contenção” em todo o território continental, incluindo a proibição de circulação entre concelhos entre as 00:00 de quinta-feira (31 de dezembro) e as 05:00 de hoje, “salvo por motivos de saúde, de urgência imperiosa ou outros especificamente previstos”.

Inicialmente, em 05 de dezembro, o Governo anunciou que na noite de passagem de ano o recolher obrigatório seria às 02:00 e apenas para os concelhos considerados de risco extremo e muito elevado de transmissão do novo coronavírus, mas as medidas foram reavaliadas em 17 dezembro e sofreram um agravamento, sendo generalizadas a todo o território continental.

Sem obrigação de aplicarem as mesmas regras de Portugal continental, a Madeira e os Açores decidiram aplicar medidas especiais que vigoraram durante as celebrações natalícias e de passagem de ano, sem implicar proibições de circulação na via pública ou entre concelhos.

Entretanto, a Madeira anunciou já que a partir de terça-feira vai aplicar o recolher obrigatório entre as 23:00 e as 05:00.

Após os períodos de Natal e de Ano Novo, em que foram também alterados os horários dos restaurantes e dos estabelecimentos de comércio, voltam a vigorar as medidas de restrição consoante o nível de risco de cada concelho no território continental, pelo menos até quinta-feira.

Segundo a atual lista de concelhos por níveis de risco, existem 30 concelhos em risco extremo de contágio, 79 em risco muito elevado, 92 em risco elevado e 77 em risco moderado.

Composta por 18 municípios, a Área Metropolitana de Lisboa tem cinco concelhos no nível muito elevado: Almada, Barreiro, Lisboa, Moita e Montijo.

Na Área Metropolitana do Porto, são quatro os concelhos no nível de risco extremo, nomeadamente Oliveira de Azeméis, Póvoa de Varzim, Trofa e Vila do Conde, e existem 12 no nível muito elevado: Arouca, Espinho, Gondomar, Maia, Matosinhos, Paredes, Porto, Santa Maria da Feira, Santo Tirso, São João da Madeira, Valongo e Vila Nova de Gaia.

Em novembro, o Governo dividiu os 278 municípios do continente em quatro grupos, consoante o nível de risco de transmissão – moderado, elevado (entre 240 e 480 casos por 100 mil habitantes), muito elevado (entre 480 e 960) e extremamente elevado (mais de 960). A lista pode ser consultada Aqui.

0 Comments

Submit a Comment

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

ÚLTIMAS

30.º CNMI destaca a importância do rastreio nutricional hospitalar

Ricardo Marinho foi palestrante da sessão intitulada “Risco nutricional a nível hospitalar: como reconhecer e orientar”, e moderada por Aníbal Marinho. Nesta sessão, o especialista destacou a importância crucial do rastreio nutricional em ambiente hospitalar, especialmente no contexto da Medicina Interna, e delineou estratégias para identificar e orientar adequadamente os doentes em risco.

Medicina de precisão VS Medicina Baseada na Evidência

No 30.º CNMI, José Delgado Alves destacou-se como palestrante na sessão “Medicina de precisão VS Medicina baseada na evidência”, moderada por Carlos Carneiro. A sessão teve como objetivo explorar a integração de diversas abordagens médicas, ressaltando que a prática da Medicina não se pode basear numa única perspetiva.

Quais os desafios e soluções em Geriatria?

Mariana Alves teve a oportunidade de apresentar uma sessão dedicada aos princípios básicos das unidades de Ortogeriatria, dentro do tema mais amplo “Desafios e soluções em Geriatria: da urgência ao ambulatório”.

Atualizações em Doenças das Vias Aéreas

Na sessão dedicada à atualização em doenças das vias aéreas, Adelina Amorim proporcionou uma análise abrangente e detalhada sobre as bronquiectasias, destacando os últimos avanços na compreensão e tratamento desta condição pulmonar crónica.

Diabetes e Obesidade no 30.º CNMI

Na sessão dedicada à diabetes e obesidade, Elisa Tomé ofereceu uma visão abrangente e atualizada sobre o tratamento do diabético tipo 2 com obesidade, destacando a importância de abordagens integradas para lidar com ambas as condições.

Análise sobre acesso ao Serviço de Urgência em Portugal

No 30.º CNMI, Frederico Guanais, diretor adjunto da divisão de saúde da OCDE, trouxe a debate o acesso aos serviços de urgência em Portugal. Durante a sua apresentação, Frederico Guanais partilhou os principais resultados da publicação “Health at a Glance 2023” da OCDE, oferecendo uma visão comparativa do desempenho do sistema de saúde português.

Como gerir a doença crónica durante a gravidez?

Na sessão intitulada “Doença crónica grave e gravidez: como gerir” do 30.º CNMI, Inês Palma dos Reis abordou questões cruciais relacionadas com a saúde materna e fetal. Com um enfoque na prevenção e mitigação de riscos, a palestra procurou fornecer orientações essenciais para médicos de mulheres com doença crónica.

Quem são os 17 cabeças de lista às eleições europeias de 09 de junho?

No próximo dia 9 de junho, com exceção dos representantes do PTP e do MAS, todos os cabeças-de-lista às eleições europeias apresentam-se pela primeira vez.  Dos 17 cabeças-de-lista apresentados, apenas dois  têm formações e carreiras diretamente ligadas ao setor da saúde, é o caso de Marta Temido com formação e experiência diretamente ligada ao setor da saúde, foi Ministra da Saúde e é doutorada em Saúde Internacional pelo Instituto de Higiene e Medicina Tropical da Universidade Nova de Lisboa, além de ter um mestrado em Gestão e Economia da Saúde pela Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra e Manuel Carreira, psicoterapeuta e psicólogo forense e trabalha como psicólogo no Centro Hospitalar de Leiria. 

MAIS LIDAS

Share This
Verified by MonsterInsights