Aumento de pedidos de voto antecipado obriga mudança de pavilhão em Viana do Castelo

14 de Janeiro 2021

Cerca de 1.300 pessoas pediram, até às 09:00, o voto antecipado para as eleições presidenciais, o que obrigou a Câmara de Viana do Castelo a mudar o sufrágio para um pavilhão e a instalar três mesas.

“Face à grande adesão que está a ser registada, a opção foi mudar as instalações onde decorrerá o ato eleitoral. Inicialmente, estava previsto que o voto antecipado decorresse no edifício da Câmara Municipal, mas acontecerá no pavilhão municipal de Santa Maria Maior por forma a acolher as mesas de voto, garantindo todas as orientações da Direção-Geral da Saúde (DGS) e da Comissão Nacional de Eleições (CNE)”, disse hoje à agência Lusa o presidente da Câmara de Viana do Castelo.

Segundo o socialista José Maria Costa, “até às 09:00 estavam inscritos cerca 1.300 eleitores e prevista a instalação de três mesas de voto no pavilhão de Santa Maria Maior”.

“O edifício camarário está a sofrer obras de reabilitação, situação que não salvaguardava as condições de segurança para acolher a elevada participação de eleitores e, por essa razão, foi decidido transferir o ato eleitoral para o pavilhão”, sustentou o autarca da capital do Alto Minho.

O autarca sublinhou que aquele número de eleitores “não está fechado, uma vez que o prazo para a inscrição no voto antecipado em mobilidade para as presidenciais de 24 de janeiro termina às 23:59 de hoje.

José Maria Costa adiantou que as eleições presidenciais estão a ser preparadas, mas admitiu “algumas dificuldades logísticas, devido à substituição de elementos que já comunicaram a desistência por doença ou isolamento profilático”.

“Alguns elementos de mesas eleitorais têm de ser substituídos por estarem em isolamento profilático”, explicou.

“Nas freguesias as pessoas já estão a receber as cartas de notificação para integrarem as mesas de voto e já estão a informar que, por isolamento profilático ou razões de saúde, não poderão exercer essas funções. É preciso recrutar pessoas da bolsa de voluntários, mas não vai ser fácil”, sustentou.

Reforçou que “só se a lei mudar” é que é possível “substituir um elemento da mesa de voto da freguesia de Darque por alguém que faça parte de uma mesa de voto de outra freguesia”.

“As cinco pessoas que compõem as mesas de voto têm de estar inscritas na sua área residência, o que torna o processo ainda mais difícil”, disse.

O autarca explicou que hoje começa o prazo de inscrição para os infetados com o vírus SARS-CoV-2 e para os utentes dos lares, que termina no domingo.

“Esses votos serão recolhidos, em casa e nas instituições, nas próximas terça e quarta-feira”, especificou.

Os portugueses que não puderem votar nas presidenciais em 24 de janeiro podem ainda pedir hoje para exercer o seu direito de voto uma semana antes, numa mesa de voto à sua escolha.

O voto antecipado em mobilidade foi alargado por lei aprovada no parlamento e pode ser feito na sede de cada um dos 308 concelhos do país, em vez da sede do distrito, como aconteceu nas eleições europeias e legislativas de 2019.

O pedido pode ser feito por via eletrónica junto do Ministério da Administração Interna no ‘site’ www.votoantecipado.mai.gov.pt ou através de correio normal.

O pedido para o voto antecipado de doentes internados e presos foi feito até 04 de janeiro e a recolha dos votos prolonga-se até quinta-feira. O voto antecipado já existe há vários anos, mas nestas eleições essa possibilidade foi alargada devido à pandemia de Covid-19, que afeta Portugal desde março de 2020.

LUSA/HN

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