“Ontem [domingo] mesmo dirigimos uma questão à Direção-Geral da Saúde sobre essas medidas de saúde pública e em que medida podem elas precisar de ser adaptadas. Não há ainda recomendações adicionais concretamente sobre a questão das máscaras ao nível do Centro Europeu de Controlo de Doenças e temos sempre alinhado as nossas posições com as recomendações internacionais. Estamos muito atentos e logo que haja alguma informação que coloque alguma necessidade de adaptação, fá-lo-emos”, afirmou.
Em declarações após uma reunião com a ‘taskforce’ coordenadora do plano de vacinação contra a Covid-19, Marta Temido lembrou a “prevalência significativa de circulação da variante inglesa” e a identificação de “um caso de variante sul-africana” no país, considerando essa situação “muito preocupante” por indiciar que Portugal “esteja a ser mais atacado por esta nova variante do que outros” países.
“Aquilo que é recomendado quanto a este tema é a máxima prudência. Este vírus não tem parado de nos surpreender e de nos surpreender negativamente, de colocar novas angústias e novos problemas. É essencial que todas as medidas de saúde pública continuem a ser cumpridas”, sublinhou.
Sobre o panorama atual nos hospitais do Serviço Nacional de Saúde, Marta Temido admitiu que “a situação de sobre-esforço é real, evidente e preocupante”, apelando para o “esforço de todos para vencer este momento crítico” da pandemia, sem deixar de assegurar que as estruturas hospitalares vão continuar a fazer a afetação de recursos à resposta à Covid-19.
“Continuamos a fazer o trabalho de procurar o alargamento de respostas, mas isso não invalida a elevada pressão que todos os profissionais e todas as estruturas hospitalares têm manifestado nos últimos dias. Os hospitais escalaram ao máximo os seus planos de contingência e ultrapassaram já muito aquilo que eram os níveis máximos dos planos de contingência na grande maioria dos casos”, explicou.
Marta Temido garantiu ainda que o ministério da Saúde continua a “trabalhar com outros operadores no sentido de melhorar a resposta”, indicando que as unidades privadas estão a tentar abrir mais camas do que as que já tinham sido convencionadas, sobretudo para casos que necessitem de cuidados intensivos.
Em Portugal, morreram 10.721 pessoas dos 636.190 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim epidemiológico de hoje da Direção-Geral da Saúde.
LUSA/HN
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