INE revela quebras de 61,3% de hospedes e 63% de dormidas em 2020 em alojamentos turísticos

15 de Fevereiro 2021

Os estabelecimentos de alojamento turístico registaram 10,5 milhões de hóspedes e 26 milhões de dormidas, quebras de 61,3% e 63%, respetivamente, face às subidas de 7,9% e 4,6% em 2019, revelaram esta segunda-feira dados preliminares do INE.

“No conjunto do ano de 2020 (dados preliminares), os estabelecimentos de alojamento turístico registaram 10,5 milhões de hóspedes e 26 milhões de dormidas, -61,3% e -63,0%, respetivamente (+7,9% e +4,6% em 2019)”, divulgou o Instituto Nacional de Estatística (INE).

No entanto, considerando a generalidade dos meios de alojamento (estabelecimentos de alojamento turístico, campismo e colónias de férias e pousadas da juventude), registaram-se 11,8 milhões de hóspedes e 30,4 milhões de dormidas, a que corresponderam reduções de 60,2% e 60,9%, respetivamente.

As dormidas de residentes no ano passado totalizaram 13,6 milhões, uma descida de 35,4% (tinham subido 6,5% em 2019), o valor mais baixo desde 2013.

Já as dormidas de não residentes alcançaram apenas 12,3 milhões, uma descida de 74,9% (aumentaram 3,8% em 2019), o valor mais baixo desde 1984.

O Reino Unido manteve-se como principal mercado emissor em 2020, representando 16,3% das dormidas de não residentes, apesar do decréscimo de 78,5% face ao ano anterior, seguindo-se os mercados alemão (quota de 14,6%) e espanhol (peso de 14,5%).

Em 2020, a taxa líquida de ocupação-cama fixou-se em 24%, o que representou uma redução de 23,3 pontos percentuais face a 2019.

Em dezembro, o setor do alojamento turístico registou 459,4 mil hóspedes e 969,8 mil dormidas, o que corresponde a quebras de 70,9% e 72,4%, respetivamente, mas uma ligeira recuperação face ao mês anterior (-77,0% e -77,2% em novembro, pela mesma ordem).

Quando considerada a generalidade dos meios de alojamento, registaram-se 494,8 mil hóspedes e 1,1 milhões de dormidas, correspondendo a evoluções negativas de 70% em ambos (-76,2% e -74,5% em novembro, respetivamente).

No mês em análise, as dormidas de residentes diminuíram 54,1% (-59,6% em novembro) e as de não residentes recuaram 82,8% (-85,6% no mês anterior).

As dormidas na hotelaria (74,8% do total) diminuíram 75%, em dezembro, enquanto as dormidas nos estabelecimentos de alojamento local (peso de 20,3% do total) decresceram 63,5% e as de turismo no espaço rural e de habitação (quota de 4,9%) recuaram 41,1%.

Por sua vez, as dormidas em ‘hostels’ registaram uma diminuição de 75,4% em dezembro, representando 15,2% das dormidas em alojamento local e 3,1% do total de dormidas nos estabelecimentos de alojamento turístico.

Os proveitos totais registaram uma variação de -73,7% (-79,8% em novembro) para 54 milhões de euros.

Já os proveitos de aposento fixaram-se em 36,3 milhões de euros, diminuindo 74,2% (-80,5% no mês anterior).

Em dezembro, 50,5% dos estabelecimentos de alojamento turístico estiveram encerrados ou não registaram movimento de hóspedes (49% em novembro).

No último mês do ano, a taxa líquida de ocupação-cama nos estabelecimentos de alojamento turístico fixou-se em 12,2%, recuando 18,8 pontos percentuais (tinha diminuído 24,6 pontos em novembro).

As taxas de ocupação mais elevadas registaram-se na Região Autónoma da Madeira (19,9%), Alentejo (13,5%) e Área Metropolitana de Lisboa (13,2%).

LUSA/HN

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