Mortalidade de crianças com menos de 5 anos caiu para metade em Cabo Verde

19 de Fevereiro 2021

Cabo Verde registou globalmente quase 31 mil óbitos de 2007 a 2018, mas a mortalidade entre crianças com menos de 5 anos caiu para metade nesse período, segundo um estudo do Instituto Nacional de Estatística (INE) cabo-verdiano.

De acordo com o relatório de Estatísticas Vitais do INE, referente ao período 2006 a 2018 (com dados de mortalidade a partir de 2007), em 12 anos registou-se “uma tendência de diminuição” de óbitos em crianças menores de 5 anos e de óbitos durante o primeiro ano de vida, “apesar de algumas oscilações em 2012 e 2016”.

Segundo o estudo, a taxa de mortalidade infantojuvenil (crianças menores de 5 anos), oscilou entre um máximo de 25,5 óbitos por cada mil nados-vivos e um mínimo de 14,5 em 2018.

Em termos absolutos, morreram 302 crianças em Cabo Verde com menos de 5 anos em 2008, número que desceu para 153 em 2018.

Já a taxa de mortalidade infantil, referente ao número de óbitos menores de um ano por cada mil nados-vivos, “tende igualmente a reduzir ao longo dos anos”. Nos últimos cinco anos, após um aumento de 2015 para 2016 (14,5 para 16,3), “este indicador tem vindo a apresentar um declínio”, fixando-se em 2018 em 12,9 por cada mil nados-vivos.

A taxa de mortalidade neonatal tem oscilado entre um máximo de 14,6 óbitos, durante os primeiros 28 dias por cada mil nados-vivos, registado em 2012, e um mínimo de 8,3 em 2018, “apresentando uma tendência para diminuição” durante o período do estudo.

A taxa neonatal precoce, referente ao número de óbitos nos primeiros seis dias de vida, tem igualmente “vindo a diminuir”, registando 6,2 óbitos (por cada mil nados-vivos) em 2018.

Globalmente, de 2007 a 2018 registaram-se 30.931 óbitos em Cabo Verde, sendo 17.185 do sexo masculino (55,6%) e 13.746 do sexo feminino (44,4%), com o ano de 2010 a registar o menor número (2.352) e o de 2018 o pico do período (2.836).

Em consequência, a taxa bruta de mortalidade (TBM), oscilou entre 4,6 óbitos por cada mil habitantes, em 2017, e 5,5 em 2008.

Cabo Verde registou em 2018 uma TBM de 5,2 e mais de metade dos óbitos nesse ano foram de pessoas com idade igual ou superior a 65 anos.

LUSA/HN

0 Comments

Submit a Comment

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

ÚLTIMAS

Promessas por cumprir: continua a falta serviços de reumatologia no SNS

“É urgente que sejam cumpridas as promessas já feitas de criar Serviços de Reumatologia em todos os hospitais do Serviço Nacional de Saúde” e “concretizar a implementação da Rede de Reumatologia no seu todo”. O alerta foi dado pela presidente da Associação Nacional de Artrite Reumatoide (A.N.D.A.R.) Arsisete Saraiva, na sessão de abertura das XXV Jornadas Científicas da ANDAR que decorreram recentemente em Lisboa.

Consignação do IRS a favor da LPCC tem impacto significativo na luta contra o cancro

A Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC) está a reforçar o apelo à consignação de 1% do IRS, através da campanha “A brincar, a brincar, pode ajudar a sério”, protagonizada pelo humorista e embaixador da instituição, Ricardo Araújo Pereira. Em 2024, o valor total consignado pelos contribuintes teve um impacto significativo no apoio prestado a doentes oncológicos e na luta contra o cancro em diversas áreas, representando cerca de 20% do orçamento da LPCC.

IQVIA e EMA unem forças para combater escassez de medicamentos na Europa

A IQVIA, um dos principais fornecedores globais de serviços de investigação clínica e inteligência em saúde, anunciou a assinatura de um contrato com a Agência Europeia de Medicamentos (EMA) para fornecer acesso às suas bases de dados proprietárias de consumo de medicamentos. 

SMZS assina acordo com SCML que prevê aumentos de 7,5%

O Sindicato dos Médicos da Zona Sul (SMZS) assinou um acordo de empresa com a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML) que aplica um aumento salarial de 7,5% para os médicos e aprofunda a equiparação com a carreira médica no SNS.

“O que está a destruir as equipas não aparece nos relatórios (mas devia)”

André Marques
Estudante do 2º ano do Curso de Especialização em Administração Hospitalar da ENSP NOVA; Vogal do Empreendedorismo e Parcerias da Associação de Estudantes da ENSP NOVA (AEENSP-NOVA); Mestre em Enfermagem Médico-cirúrgica; Enfermeiro especialista em Enfermagem Perioperatória na ULSEDV.

MAIS LIDAS

Share This
Verified by MonsterInsights