“Estamos convictos que entre final de fevereiro e início de março isso será possível retomar a atividade cirúrgica programada, até porque também a ocupação dos espaços do Bloco Central pelos Cuidados Intensivos irá ser libertada”, referiu o presidente do conselho de administração da ULSAM, em resposta escrita à Lusa.
Franklim Ramos adianta que “o Bloco de Ambulatório, que também esteve ocupado com doentes Covid-19, já se encontra liberto para retomar a atividade cirúrgica de ambulatório, que ocorrerá na próxima semana”.
“As consultas e as cirurgias urgentes e oncológicas não pararam no decurso da pandemia de Covid-19. Houve efetivamente uma diminuição do número de consultas efetuadas, mais porque os doentes faltaram às mesmas, ou então porque os médicos foram chamados a desempenhar outras tarefas”, especificou.
No esclarecimento prestado à Lusa, Franklim Ramos acrescentou que, no setor das consultas, “está a efetuar-se um plano mais exigente que passa também por informar devidamente os utentes, garantindo-lhes que não existe risco e que a ULSAM tomou as medidas necessárias, de acordo com as normas da Direção-Geral da Saúde (DGS) para que as mesmas decorram com segurança”.
Segundo o administrador da ULSAM, a “diminuição do número de doentes com Covid-19 internados irá permitir libertar as enfermarias ocupadas por estes doentes e que pertencem a outras especialidades, nomeadamente cirúrgicas, possibilitando a retoma da atividade cirúrgica programada”.
“Atualmente estão internados 92 doentes com Covid-19, dos quais 15 na Unidade de Cuidados Intensivos (UCI)”, especificou Franklim Ramos.
O responsável disse ainda que, “em janeiro, o número máximo de doentes com Covid-19 internados no hospital de Santa Luzia foi de 180”.
“Há que referir que os Cuidados Intensivos estiveram praticamente sempre cheios e até com camas supranumerárias, durante todo o mês de janeiro”, destacou.
Franklim Ramos salientou “o excelente trabalho e resiliência demonstrada por todos os profissionais, em particular aqueles que trataram os doentes com Covid-19”.
“Toda a população do Alto Minho deverá estar orgulhosa dos profissionais de saúde da ULSAM, quer os que trabalham nos cuidados de saúde hospitalares quer os que trabalham nos cuidados de saúde primários. Este esforço não será em vão se toda a população do Alto Minho cumprir as recomendações da DGS relativamente ao confinamento e às normas preventivas, nomeadamente distanciamento, desinfeção das mãos e utilização de máscara apropriada, independente de já estarem vacinados ou não”, apelou.
A ULSAM é constituída por dois hospitais: o de Santa Luzia, em Viana do Castelo, e o Conde de Bertiandos, em Ponte de Lima.
Integra ainda 12 centros de saúde, uma unidade de saúde pública e duas de convalescença, e serve uma população residente superior a 244 mil pessoas dos 10 concelhos do distrito de Viana do Castelo e algumas populações vizinhas do distrito de Braga.
A pandemia de Covid-19 provocou, pelo menos, 2.441.926 mortos no mundo, resultantes de mais de 110,2 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 15.821 pessoas dos 794.769 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
LUSA/HN
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