Instituto Ricardo Jorge diz que rede de vigilância não detetou casos de gripe no final de fevereiro

5 de Março 2021

A rede portuguesa de laboratórios para o diagnóstico da gripe dos hospitais não detetou, na última semana de fevereiro, “qualquer caso” desta doença, refere o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA).

Segundo o mais recente boletim de vigilância epidemiológica da gripe e outros vírus respiratórios, entre 22 e 28 de fevereiro, e ao nível da gravidade dos casos, também não foi reportado nenhuma situação por diversas unidades de cuidados intensivos e enfermarias de hospitais nacionais.

Segundo a Direção-Geral de Saúde, nos anos mais recentes, a maior atividade gripal tem sido registada entre os meses de dezembro e fevereiro.

O INSA adianta que, na última semana de fevereiro, a taxa de incidência de síndrome gripal foi de 5,7 por 100 mil habitantes em Portugal, um “valor deve ser interpretado tendo em conta que a população sob observação foi menor do que a observada em período homólogo de anos anteriores”.

Na semana anterior – de 15 a 21 de fevereiro – a taxa de incidência de síndrome gripal foi de 4,9 por 100 mil pessoas.

Este programa do INSA, que se inicia no princípio de outubro e termina em maio do ano seguinte, integra as componentes clínica e laboratorial da vigilância de vírus respiratórios.

A vigilância clínica afere as taxas de incidência da síndroma gripal, através da notificação dos novos casos da doença ocorridos nos utentes dos médicos participantes na “rede sentinela” e identificados segundo critérios exclusivamente clínicos.

A vigilância laboratorial é concretizada através da identificação dos vírus isolados em amostras de sangue ou zaragatoas faríngeas recolhidas nos utentes identificados como tendo síndroma gripal.

Parte desta informação é enviada, semanalmente, para o Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC), permitindo, juntamente com os dados enviadas por mais de 40 países, fazer um ponto da situação da atividade gripal na Europa, assim como identificar precocemente surtos da doença.

Segundo o INSA, a atividade gripal manteve-se em “níveis inter-epidémicos” na Europa.

LUSA/HN

0 Comments

Submit a Comment

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

ÚLTIMAS

Brasil ultrapassa as 3.000 mortes por dengue este ano

O Brasil, que enfrenta a pior epidemia de dengue da sua história, registou este ano um recorde de 3.039 mortes pela doença, quase o triplo do número registado em todo o ano de 2023, indicaram sexta-feirafontes oficiais.

Desafios e oportunidades na publicação científica

Durante a sessão “Revista Medicina Interna: o que é que um editor quer ver publicado”, moderada por Rui Tato Marinho e que teve como palestrantes José Mariz e Helena Donato, José Mariz, editor-chefe da Revista Medicina Interna, ofereceu insights valiosos sobre os objetivos e desafios enfrentados na publicação científica.

Desafios e dilemas em fim de vida em debate

No âmbito do 30.º CNMI, Sara Vieira Silva apresentou uma palestra sobre os desafios e dilemas enfrentados no cuidado de doentes em fim de vida, com foco no projeto “Bem Cuidar em Fim de Vida – Experiência Hospitalar Universitária”.

Novas evidências sobre a doença vascular cerebral

“Doença Vascular Cerebral: novas evidências, novos paradigmas” foi o tema de umas das sessões do 30.º CNMI, onde abordou especificamente o tema “FOP quando e como pesquisar, melhor estratégia terapêutica”.

O fundamental da doença hepática

No palco do 30.º CNMI, Filipe Nery liderou uma sessão crucial sobre um tema desafiador: a coagulação no doente com cirrose hepática. A sua palestra abordou a complexidade da fisiologia e patofisiologia da coagulação nesses doentes.

30.º CNMI destaca a importância do rastreio nutricional hospitalar

Ricardo Marinho foi palestrante da sessão intitulada “Risco nutricional a nível hospitalar: como reconhecer e orientar”, e moderada por Aníbal Marinho. Nesta sessão, o especialista destacou a importância crucial do rastreio nutricional em ambiente hospitalar, especialmente no contexto da Medicina Interna, e delineou estratégias para identificar e orientar adequadamente os doentes em risco.

Medicina de precisão VS Medicina Baseada na Evidência

No 30.º CNMI, José Delgado Alves destacou-se como palestrante na sessão “Medicina de precisão VS Medicina baseada na evidência”, moderada por Carlos Carneiro. A sessão teve como objetivo explorar a integração de diversas abordagens médicas, ressaltando que a prática da Medicina não se pode basear numa única perspetiva.

MAIS LIDAS

Share This
Verified by MonsterInsights