“Deixem-me ser claro: não bloqueámos a exportação de uma única vacina contra a covid-19 ou componente de vacinas. Esta pandemia colocou-nos todos do mesmo lado no combate pela saúde internacional, somos contra o nacionalismo das vacinas em todas as suas formas”, afirmou na abertura do debate semanal no Parlamento.
Num texto divulgado na terça-feira, Charles Michel diz-se “chocado com as acusações de ‘nacionalismo de vacinas’ contra a UE”, opinando que, “também neste caso, os factos não mentem”, já que a UE simplesmente instaurou um sistema para controlar a exportação de doses produzidas na União, enquanto “Reino Unido e os Estados Unidos impuseram uma proibição total à exportação de vacinas ou componentes de vacinas produzidas no seu território”.
Ainda na terça-feira, o Governo britânico negou a acusação e disse que “quaisquer referências a uma proibição de exportação do Reino Unido ou quaisquer restrições às vacinas são completamente falsas”.
Sem recuar, Michel respondeu durante a noite através da rede social Twitter ter esperança que “a reação do Reino Unido resulte em mais transparência e aumento das exportações para a UE e países terceiros”.
Existem “diferentes formas de impor proibições ou restrições a vacinas / medicamentos”, acrescentou.
Boris Johnson manifestou “orgulho” com o “sucesso” do programa de vacinação no Reino Unido, que já imunizou mais de 22,5 milhões de pessoas com uma primeira dose das vacinas.
Londres e Bruxelas entrarem em confronto recentemente após a farmacêutica sueco-britânica AstraZeneca ter admitido que só poderia entregar no primeiro trimestre apenas um terço das doses prometidas aos 27.
A UE respondeu com a introdução de um mecanismo de controlo das exportações apenas para vacinas prontas para uso, acionado pela Itália na semana passada, ao bloquear 250 mil doses da vacina da AstraZeneca com destino à Austrália.
LUSA/HN
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