O projeto propõe uma alteração aos atuais modelos de financiamento da saúde, em que a opinião e satisfação dos doentes passa a ter um papel relevante neste processo. Neste sentido, é a qualidade do serviço, atestada pelas técnicas e materiais usados e pela melhoria geral do doente, que ajuda a estabelecer o financiamento. São as melhores práticas e os melhores resultados a serem privilegiados pelo financiamento, e não apenas o número de intervenções.
O coordenador do projeto é o professor Joaquim Murta, diretor do Centro de Responsabilidade Integrado de Oftalmologia do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra e especialista da UOC – Unidade de Oftalmologia de Coimbra.
Para o coordenador “o futuro exige uma mudança de estratégia e atitude, a bem dos doentes”, defendendo, por isso, que o projeto demonstra que “que um modelo orientado para os resultados melhora a qualidade da saúde dos cidadãos e assegura a eficiência, com um menor investimento”.
“Os sistemas de saúde devem colocar o doente no foco principal de decisão, situação que ainda não acontece. Não é habitual perguntar-se ao doente como se sente, se está melhor ou pior… Este projeto abre um caminho pioneiro para implementar uma medicina baseada no valor para o doente, em vez de uma medicina baseada em volume. O reconhecimento do Fórum Económico Mundial reforça a relevância deste trabalho para a mudança de paradigma”, acrescenta.
O projeto, já implementado em duas áreas de Oftalmologia, tem como finalidade aumentar a eficiência das intervenções médicas, reduzindo o seu custo, eliminando despesas supérfluas e, ao mesmo tempo, aumentando a qualidade dos tratamentos para os doentes, integrando-os na avaliação dos resultados.
PR/HN/Vaishaly Camões
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