Brasil negoceia compra de vacinas com a OMS e pondera produção nacional

24 de Julho 2022

O número de contágios confirmados do vírus no Brasil multiplicou-se rapidamente desde que o primeiro caso foi notificado, em 08 de junho, sendo que os primeiros 15 casos foram todos importados, principalmente da Europa, onde presumivelmente o vírus foi contraído.

O Brasil, que já registou cerca de 700 contágios do vírus Monkeypox desde junho, anunciou hoje que está a negociar a compra de vacinas para suster a propagação da doença, ponderando produzir a vacina no país.

De acordo com a agência espanhola de notícias, a Efe, o Brasil soma atualmente 696 casos confirmados desde o princípio de junho, e está em conversações com a Organização Mundial de Saúde (OMS) para a compra de vacinas que ajudem a conter o surto.

O anúncio surge no mesmo dia em que a OMS decretou o surto de Monkeypox uma emergência mundial e acrescenta que foi criado um grupo de trabalho que, além de acompanhar a situação, também está a estudar a possibilidade de fabricar a vacina no Brasil, possivelmente no Instituto Butantan.

Até agora, registaram-se casos em 14 dos 27 estados do Brasil, com maior incidência em São Paulo, onde foram detetados os primeiros casos autóctones, em 23 de junho.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou hoje o surto de Monkeypox como uma emergência de saúde pública de preocupação internacional, o nível mais alto de alerta, quando estão notificados mais de 16 mil casos em 75 países.

“Temos um surto que se está a espalhar rapidamente à volta do mundo, do qual sabemos muito pouco e que cumpre os critérios dos regulamentos internacionais de saúde”, adiantou o diretor-geral da OMS em conferência de imprensa, após a reunião do Comité de Emergência para avaliar a evolução da doença no mundo.

Perante isso, Tedros Adhanom Ghebreyesus anunciou que “o surto global de Monkeypox representa uma emergência de saúde pública de preocupação internacional”, estabelecendo recomendações para quatro grupos de países.

Esta é a sétima vez que a OMS declara a emergência internacional (mecanismo iniciado em 2005), depois de o ter feito para a Gripe A em 2009, para o Ébola em 2014 e 2018, para a Poliomielite em 2014, para o vírus Zika em 2017 e para o coronavírus que provoca a covid-19 em 2020, este último ainda em vigor.

De acordo com os últimos dados da Direção-Geral da Saúde DGS), Portugal totaliza 588 casos confirmados de infeção pelo vírus Monkeypox.

NR/HN/LUSA

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