“Agora, mesmo antes de entrar neste salão, recebi a segunda dose. Espero que tudo corra bem. Não só espero, como tenho a certeza de que tudo vai correr bem”, disse Putin, à entrada para uma sessão na Sociedade Geográfica russa.
Putin tinha recebido a primeira dose da vacina contra a Covid-19 em 23 de março – tal como hoje, também fora do visor das câmaras – e o Kremlin não revelou qual das três tipologias aprovadas para uso na Rússia foi aplicada.
A vacinação do líder russo ocorre vários meses após o início da imunização generalizada contra a Covid-19 na Rússia – um atraso que intrigou muitas pessoas, com alguns críticos do regime a dizer que a demora de Putin estava a contribuir para a já existente hesitação pública sobre a vacina.
As autoridades russas deram aprovação regulatória para três vacinas desenvolvidas internamente – Sputnik V, EpiVacCorona e CoviVac.
Todos as três receberam autorização antes de concluírem a fase final de testes, que noutros países é considerada essencial para garantir a sua segurança e eficácia.
No entanto, um estudo publicado em fevereiro no jornal médico britânico Lancet mostrou que a Sputnik V é 91% eficaz e parece evitar que indivíduos inoculados fiquem gravemente doentes com Covid-19, embora ainda não seja claro se a vacina pode prevenir a propagação da doença.
Sobre as duas outras vacinas russas, ainda não foram divulgados dados sobre a sua eficácia e segurança.
A pandemia de Covid-19 provocou, pelo menos, 2.961.387 mortos no mundo, resultantes de mais de 137,4 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
LUSA/HN
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