A variante detetada do Reino Unido começou “em força” em janeiro, com 16% do total de casos, em fevereiro subiu para quase 60% e em abril atingiu o máximo, com 91%, descreveu o investigador João Paulo Gomes na reunião do Infarmed, em Lisboa, que analisa a situação epidemiológica no país, sendo a primeira após o fim do estado de emergência.
De acordo com os dados disponíveis, observou-se “um ligeiro decréscimo”, situando-se nos 87,2%, disse o coordenador do estudo sobre a diversidade genética do novo coronavírus em Portugal.
No que respeita à variante de Manaus (Brasil), o investigador disse que começou com “níveis basais”, teve um pico em abril com 4,3%, e em maio há uma estabilização deste valor nos 3%, o que corresponde a uma disseminação por 16 distritos e 48 concelhos do país.
A variante associada à África do Sul começou também de “uma forma relativamente modesta” no país e teve o seu pico em março, com 2,5% de todos os casos de Covid-19 no país, e decresceu em abril para 1,3% e em maio ronda os 2%.
“Dá a sensação que, tanto a variante de Manaus como a variante associada à África do Sul, andam entre os 2 e os 4%”, o que indica que estão numa situação “relativamente estável”.
Segundo o investigador, a variante detetada na África do Sul foi já encontrada em 13 distritos e em 41 concelhos.
Já a variante associada à Índia, representou em maio 4,6% do total de casos, estando já em nove distritos e 13 concelhos do país, adiantou João Paulo Gomes.
“A situação atual das principais variantes reflete, por um lado, a adaptação do vírus” e “a situação imunológica da população, a qual melhora todas as semanas”, salientou.
A Covid-19 já matou em Portugal 17.022 pessoas dos 847.006 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
LUSA/HN
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