Na abertura das Jornadas Parlamentares do PCP, Jerónimo de Sousa explicitou que o agravamento das condições de vida dos portugueses é ainda mais evidente “quando se assiste ao aumento significativo dos preços dos combustíveis, da energia e de outros fatores, com impactos nos custos das empresas, mas também no aumento do custo de vida em geral”.
“Uma situação que requeria da parte do Governo um outro posicionamento que não o de assobiar para o lado, como está a acontecer, e que estas jornadas não deixarão de sobre ela refletir e ter em conta”, completou o secretário-geral.
Na opinião do dirigente comunista, “por manifesta falta de vontade política do Governo minoritário do PS” não se foi “mais longe nos apoios sociais”.
Perante os deputados presentes na sessão, Jerónimo de Sousa acusou o Governo de se posicionar contra os trabalhadores e de promessas que não têm concretização: “Este é um tempo em que é preciso confrontar o Governo PS, que multiplica palavras e acenos, mas que com as suas opções de classe continua a colocar-se contra os trabalhadores.”
As opções do executivo socialista para combater a pandemia também não ficaram de fora das críticas do dirigente do partido.
“No combate à Covid-19, mais uma vez prevaleceu, não a necessidade de se encontrar uma relação equilibrada entre o combate eficaz ao surto epidémico e medidas que impeçam o país de continuar a caminhar no sentido da degradação da situação económico e social do país, mas a utilização das chamadas linhas vermelhas que têm como principal objetivo voltar a confinar o que vai sendo desconfinado”, explicitou.
Na opinião do membro do Comité Central do partido, o executivo transferiu para “a esfera pública” a “responsabilidade dos comportamentos individuais para iludir a ausência ou insuficiência das medidas que se impõem”.
Por isso, Jerónimo de Sousa exortou os deputados presentes na sessão para a necessidade de “combater os que querem retrocessos nos salários e nos direitos”.
Um ano e meio depois das últimas, em dezembro de 2019, as Jornadas Parlamentares do PCP decorrem entre hoje e terça-feira em Lisboa e Setúbal e têm como objetivo encontrar uma alternativa política à atual governação socialista.
LUSA/HN
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