‘Task force’ anuncia que reforço superior a meio milhão de vacinas chega nas próximas semanas

6 de Agosto 2021

Portugal vai receber um reforço de mais de meio milhão de vacinas contra a Covid-19, nas próximas duas semanas, num “esforço” para dar “a última pancada” ao vírus, afirmou esta sexta-feira o coordenador da ‘task force’ da vacinação.

“Vamos receber um reforço, além do que é planeado, de 286 mil [vacinas], já na segunda-feira, depois, na outra segunda-feira, outro de 300 mil e, depois, ainda mais um reforço”, o qual não precisou as quantidades, indicou.

O coordenador da ‘task force’, vice-almirante Henrique Gouveia e Melo, que falava aos jornalistas no final de uma visita ao Centro de Vacinação Covid-19 de Évora, adiantou que “já chegaram” vacinas da Janssen e da Pfizer, o que permitiu novamente “acelerar o processo”.

“Está-se ainda a negociar também o reforço [de vacinas] da Moderna”, assinalou, sublinhando que este “esforço” visa “dar uma última pancada” ao vírus SARS-CoV-2 que provoca a doença da Covid-19.

Realçando que o país está “perto de atingir” 70% da população vacinada, Gouveia e Melo considerou que esse número “já não é um objetivo” e estabeleceu que a meta agora é ter, até setembro, “toda a população elegível” para a vacina “com a primeira dose”.

Nesse sentido, adiantou, o país vai voltar a “ter uma média superior a 100 mil” doses de vacina administradas por dia, já na próxima semana.

“Queremos vacinar 800 mil pessoas, das quais mais de meio milhão, são primeiras doses e, nestas semanas que vêm, queremos dar uma elevada quantidade de primeiras doses para depois ficarem as segundas doses para setembro”, frisou.

Questionado sobre pessoas faltarem aos agendamentos nos centros de vacinação, devido a férias, o coordenador da ‘task force’ disse já ter notado que “em alguns centros” de vacinação há pessoas com agendamento “que não aparecem”.

“Mas, depois, quando vamos estudar” o caso, observa-se que “houve erros de agendamento, porque nós pusemos essas pessoas agendadas mas não houve a confirmação da pessoa se queria ou não” a vacina, salientou.

“Nem tudo se pode atribuir às pessoas”, acrescentou.

Segundo o responsável, na passada segunda-feira, foram vacinadas “84 mil pessoas” e existiam “84 mil vacinas”, pelo que “não ficaram vacinas para dar”.

“Apesar de tudo, todas as vacinas que estamos a disponibilizar estão a ser utilizadas e, apesar de algumas falhas aqui e ali, o processo em geral está a decorrer muito bem”, concluiu.

Gouveia e Melo avançou ainda que, até às 18:00 de quinta-feira, “70 mil jovens” com 16 e 17 anos de “um universo de 200 mil” já fizeram o autoagendamento para a vacinação, lembrando que decorre hoje o segundo dia de agendamento para esta faixa etária.

A Covid-19 já matou em Portugal, desde o início da pandemia, em março de 2020, 17.422 pessoas, tendo sido registados 979.987 casos de infeção, segundo a DGS.

LUSA/HN

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