“A partir de hoje, a terceira dose está disponível para todos”, anunciou em conferência de imprensa o diretor geral do Ministério da Saúde, Nachman Ash, que lidera a estratégia de Israel para a Covid-19.
Israel começou a aplicar a terceira dose, em finais de julho, a pessoas imunodeprimidas e a maiores de 60 anos, para ir ampliando progressivamente a idade até ter hoje a vacina disponível para todos os cidadãos com mais de 12 anos.
Segundo o Ministério da Saúde, Israel superará hoje a cifra de dois milhões de pessoas com a terceira dose.
O único requisito para a receber é terem passado cinco meses desde a segunda toma da vacina, que em Israel foi recebida por quase 5,5 milhões de pessoas desde que teve início a inoculação com a Pfizer, em dezembro, apesar de cerca de 1,1 milhões de israelíes terem renunciado à vacinação.
“A terceira vacina ajuda a deter a epidemia, a partir de hoje está aberta a todos. Vão vacinar-se para podermos celebrar as festas juntos”, disse na rede social Twitter o ministro dos Negócios Estrangeiros israelita, Yair Lapid, sobre as festividades do ano novo judeu, que começam na próxima semana.
A decisão de ampliar o plano da terceira dose ocorre quando Israel vive a quarta vaga da pandemia, com mais de sete mil novos casos registrados este domingo, dos quais 726 são pacientes graves, o número mais elevado desde março.
O índice de positividade alcançou pela primeira vez nos últimos seis meses os 7%, depois de ter baixado quase até zero em junho, devido à rápida e bem sucedida campanha de imunização inicial.
Israel conta mais de 80 mil casos ativos neste momento, não longe do pico de 88.000 no pior da terceira vaga de janeiro, apesar de a taxa de reprodução do vírus ter baixado ligeiramente, pelo que se espera que o surto comece a descer em breve, o que as autoridades atribuem à eficácia da terceira dose.
Está previsto que na quarta-feira comecem as aulas presenciais em Israel, quando há cerca de 34 mil casos positivos entre crianças em idade escolar e 90.000 estão isoladas por terem mantido contacto com algum infetado.
A novidade deste ano é que os maiores de 12 anos podem receber a vacina no mesmo centro educativo.
LUSA/HN
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